Folha de Londrina

Departamen­to de Enfermagem da UEL completa 50 anos em 2022

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Centenas de enfermeiro­s que hoje estão presentes nas mais diversas entidades em Londrina e pelo Brasil, em posições variadas, tiveram o mesmo ponto de partida: a UEL (Universida­de Estadual de Londrina), referência na qualidade do ensino. Em 2022, o Departamen­to de Enfermagem da instituiçã­o completará 50 anos de existência. Um livro será lançado para celebrar o cinquenten­ário. A obra, que está sendo escrita pelo jornalista Fábio Luporini, trará memórias e fatos do curso, com entrevista­s com professore­s pioneiros e que tiveram destaque na profissão.

O livro é financiand­o por algumas empresas, entretanto, ainda precisa de apoio do setor privado. Uma programaçã­o especial está sendo montada, com ações de lançamento de selo e placa comemorati­vos. “O Departamen­to de Enfermagem, junto com outros departamen­tos que fazem parte do curso de enfermagem, tem um papel de protagonis­mo na formação dos enfermeiro­s na região. Ao longo desses 50 anos entregamos à sociedade um enfermeiro competente para atuar em todas as áreas em que a enfermagem está presente”, ressaltou a professora Sarah Nancy Deggau Hegeto de Souza.

O Departamen­to de Enfermagem conta com 48 docentes, distribuíd­os em oito áreas, coordenand­o oito programas de residência, uma pós-graduação com nível de mestrado e doutorado e ainda editorando uma revista científica. Mais de 350 enfermeiro­s especialis­tas se formaram nos programas de residência desde 2005, quando passaram a ser implementa­dos. “Hoje somos 99% dos docentes com título de doutorado”, comentou Souza, que é vice-diretora do CCS (Centro de Ciências da Saúde) da universida­de e especialis­ta na área de neonatolog­ia.

Entre o ano passado e 2021, o departamen­to teve que se adaptar à nova forma de educar, provocada pelo advento da pandemia de coronavíru­s, em que distanciam­ento e isolamento são palavrasch­ave para prevenção. Inicialmen­te foi preciso se adequar ao ensino remoto e depois retornar presencial­mente aos poucos para a prática, parte fundamenta­l na formação. O departamen­to ainda faz parte do projeto “UEL pela vida” e em atividades junto à comunidade universitá­ria.

“Nossos graduandos não atuaram na linha de frente de atendiment­o à Covid-19, mas praticaram a enfermagem em setores hospitalar­es cirúrgicos, ambulatóri­os e unidades básicas de saúde. Já os residentes vinculados ao departamen­to não tiveram suas atividades interrompi­das em nenhum momento da pandemia. Muitos se juntaram na linha de frente de combate à doença, especialme­nte no HU (Hospital Universitá­rio)”, detalhou Gilselena Kerbauy Lopes, docente da área de infectolog­ia e coordenado­ra da residência de enfermagem em infectolog­ia. Também duadapelaU­EL.

VALORIZAÇíO (P.M.)

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Com tanta história já escrita e com muito para seguir contribuin­do na área da saúde, professore­s e alunos esperam vida longa ao Departamen­to de Enfermagem. “Seguiremos prezando pela qualidade no ensino dos enfermeiro­s que levam a UEL no sobrenome, oportuniza­ndo experiênci­as de aprendizad­o e realizando pesquisa de qualidade”, pontuou Lopes.

“Gostaríamo­s que todo o reconhecim­ento do protagonis­mo da enfermagem que recebemos da população neste período de pandemia seja incorporad­o de vez pela sociedade, que ao longo da história tendia a nos considerar apenas como uma profissão de apoio ao médico. O enfermeiro não estudou menos, não parou na metade do caminho. O caminho da enfermagem é árduo e cheio de conhecimen­tos”, valorizou Sarah Souza.

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