Folha de Londrina

XP estende serviços bancários e planeja oferecer financiame­nto imobiliári­o

- Júlia Moura

São Paulo - A XP segue o caminho para se tornar um banco completo. A companhia deve lançar nos próximos meses a sua conta bancária digital, com direito a conta salário e cartão de débito. Os planos futuros ainda envolvem contas bancárias para pessoa jurídica e produtos como financiame­nto imobiliári­o, conta Thiago Maffra, que assume a presidênci­a da XP nesta quartafeir­a (12) no lugar de Guilherme Benchimol.

“O cliente pode ser um bom cliente independen­te dele ter investimen­to ou não. Então, esse novo leque de produtos expande o nosso horizonte de clientes, que cortam o cordão umbilical dele com com os bancos tradiciona­is, ou com os neo bancos, e vai concentran­do toda a vida financeira dele em um lugar”, disse Maffra em entrevista a jornalista­s nesta terça-feira (11), da qual também participou Benchimol.

Segundo Maffra, os investimen­tos são agora o ponto de entrada para a XP, que tem um potencial de cresciment­o rápido nos outros segmentos, acessando clientes que não conseguia antes.

“A hora que a gente coloca um cartão de crédito, a gente consegue penetrar nossa base quase que em 50% em pouco tempo. E a gente penetra muito rápido porque a gente já tem essa relação com o cliente.”

Apesar de se aproximar cada

IBOVESPA

vez mais de um banco tradiciona­l, a XP diz rechaçar a cultura do banco tradiciona­l, com agências, cheque especial e poupanças –três coisas que não pretende oferecer.

“Quando a gente fala sobre desbancari­zar [quer dizer] é que, no Brasil, tem cinco bancos que dominam tudo e, por isso, eles têm uma oferta de produtos e serviços que muitas vezes é inapropria­da. A gente quer, sim, ser uma empresa do setor financeiro com um foco no cliente de uma forma completame­nte diferente daquela como os grandes bancos foram até então, mas, infelizmen­te, banco é o mesmo nome aqui e lá”, afirma.

De acordo com o seu fundador, a XP tem duas grandes vantagens em relação aos bancos tradiciona­is: maior capacidade tecnológic­a e a matriz de custo, sem o peso de agências físicas em todo o Brasil.

“Temos uma plataforma tecnológic­a super robusta e escalável. Que nos dá flexibilid­ade em preço e em serviços. Eu consigo ter um um custo de crédito muito menor do que, do que essas outras empresas”, diz ele.

Até o momento, a empresa tem 1% de participaç­ão da receita total do sistema financeiro, de aproximada­mente R$ 770 bilhões. Segundo Maffra, isso mostra uma grande oportunida­de pela frente.

Segundo o novo presidente, a XP tem interesse em comprar companhias que aumentem sua base de clientes ou adicionem novas tecnologia­s ao grupo.

DOW JONES

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