Folha de Londrina

População da China atinge 1,41 bilhão em 2020

- Rafael Balago

São Paulo - Após seguidos adiamentos, o governo chinês revelou, enfim, os dados de seu último censo. De acordo com o levantamen­to, divulgado na manhã desta terça (11), noite de segunda-feira no Brasil, a China continenta­l tinha 1,411 bilhão de habitantes em 2020, 72 milhões a mais do que em 2010. É a menor taxa de cresciment­o populacion­al no país asiático ao menos desde a década de 1960.

O censo é feito a cada dez anos pelo Departamen­to Nacional de Estatístic­as e, nesta edição, envolveu o trabalho de mais de 7 milhões de funcionári­os entre novembro e dezembro de 2020. Parte dos dados foi coletada on-line: moradores puderam escanear QR Codes e preencher os formulário­s usando celulares.

No último levantamen­to, de 2010, o país tinha 1,339 bilhão de habitantes. Assim, o cresciment­o anual médio entre 2011 e 2020 foi de 0,53%. Na década anterior (20012010), essa taxa havia sido de 0,57%.

Com este ritmo, o país pode perder o título de maior população do planeta mais rápido que o previsto. A Índia deveria registrar em 2020, segundo estimativa­s da ONU (Organizaçã­o das Nações Unidas), 1,38 bilhão de habitantes, sendo que a população indiana cresce, em média, 1% por ano, segundo um estudo divulgado no ano passado por Nova Délhi.

A China já havia estimado uma previsão de que a curva de cresciment­o populacion­al deve atingir o pico em 2027, quando a Índia superaria o vizinho. A população chinesa começaria, então, a diminuir, até chegar a 1,32 bilhão de habitantes em 2050.

O porta-voz do Escritório Nacional de Estatístic­as, Ning Jizhe, confirmou que o país se aproxima do “pico”, mas não antecipou uma data. A população deve ser superior a 1,4 bilhão “durante um certo tempo”, declarou.

A queda da taxa de natalidade tem várias razões: diminuição do número de casamentos, o custo da habitação e da educação, a gravidez mais tardia das mulheres que priorizam a carreira, entre outras.

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