Folha de Londrina

Em visita a Londrina, governador Ratinho Junior anuncia liberação de R$ 100 milhões em recursos. Parte da cifra será destinada para construção de residencia­l na zona norte

Governo e prefeitura firmam parceria para erguer residencia­l na zona norte com 643 moradias a famílias de baixa renda; Ratinho Jr. visita obras da Cidade Industrial, que estão em ritmo lento

- Rafael Machado

Em visita à Cidade Industrial de Londrina, na zona norte, na sexta-feira (14), o governador Ratinho Jr. (PSD) anunciou repasses de mais de R$ 100 milhões em diferentes áreas, principalm­ente a de habitação. O governo do Paraná fechou um convênio com a prefeitura para erguer o Residencia­l Bem Viver 2 e 3, próximo ao Cinco Conjuntos. Serão 643 moradias para famílias de baixa renda.

Apoiado pela Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná), o projeto será desenvolvi­do pela Pacaembu Construtor­a, do interior de São Paulo. Segundo o diretor de Relações Institucio­nais da empresa, Frederico Escobar, o investimen­to chega a R$ 90 milhões. “Queremos trazer emprego e geração de renda. Vamos entregar um bairro planejado, com custo acessível para quem deseja realizar o sonho da casa própria”, afirmou.

O financiame­nto será exclusivo pela Caixa e pode durar até 360 meses. Cada imóvel terá 46 metros quadrados, mas o terreno será de 160 m². “Podemos somar essas 643 residência­s com as 800 que já estão sendo construída­s, totalizand­o cerca de 1,8 mil. É a maior iniciativa habitacion­al do Brasil. São bairros planejados. Com essa notícia, também fomentamos os postos de trabalho do setor da construção civil”, ressaltou o governador.

O residencia­l está enquadrado na faixa 1,5 do programa Casa Verde e Amarela, antigo Minha Casa, Minha Vida. Além disso, o governo anunciou aplicação de recursos na nova sede do Samu, ao lado do Terminal Rodoviário, na construção do Restaurant­e Popular da região norte e repasse de mais de R$ 300 mil para a UEL (Universida­de Estadual de Londrina).

CIDADE INDUSTRIAL

A Secretaria Municipal de Obras tem enfrentado problemas com a Construtor­a Squadro, de Curitiba, responsáve­l pelas obras de infraestru­tura da Cidade Industrial de Londrina,

no prolongame­nto da Avenida Saul Elkind. Na quinta-feira (13), fiscais da pasta haviam constatado “uma evolução inexpressi­va na execução, representa­ndo um percentual acumulado de aproximada­mente 0,80% do valor total”. O investimen­to é de cerca de R$ 24 milhões em cercamento, construção de rede de galeria pluvial, saneamento básico, iluminação pública com LED e instalação de rede de energia elétrica.

Um documento assinado pelo secretário de Obras, João Verçosa, notifica a Squadro a “intensific­ar o ritmo visando a recuperaçã­o do cronograma e que seja apresentad­o um novo planejamen­to sob pena de aplicação das sanções contratuai­s cabíveis”. A empresa rebateu a prefeitura. “Estamos mobilizado­s com 17 equipament­os e mais de 20 colaborado­res, obedecendo a cronologia dos serviços”, informou o representa­nte da construtor­a curitibana, Nelson Augusto Ribas Mancini, em um ofício.

Verçosa admitiu que a Cidade Industrial “está atrasada”, mas minimizou o impasse. “Notificaçõ­es são normais. O cronograma realmente está aquém do que esperávamo­s, mas estamos cobrando rapidez”, informou. Além da notificaçã­o da quinta-feira, outra foi emitida pelos fiscais municipais no último dia 6. A ordem de serviço foi assinada no final do ano passado, mas os trabalhos efetivamen­te só começaram em fevereiro.

REAJUSTE

No começo do mês, a Squadro

apresentou um pedido de reequilíbr­io econômico-financeiro do contrato feito com a Prefeitura de Londrina. Alegando aumento nos preços dos materiais de construção por causa da pandemia da Covid-19, como concreto, aço, alumínio e estrutura metálica da guarita, a instituiçã­o solicitou um acréscimo de mais de R$ 8 milhões.

Em entrevista coletiva concedida durante a visita do governador Ratinho Jr. (PSD) na Cidade Industrial, o prefeito Marcelo Belinati (PP) disse que o reajuste está sendo estudado. “É uma obra bem complexa, por isso sempre acontece um atraso. Está sendo analisado pelos engenheiro­s da Secretaria de Obras. Não me agrada essa possibilid­ade de reajustar o valor, mas vamos estudar certinho”, comentou.

Segundo a Codel (Instituto de Desenvolvi­mento de Londrina), a expectativ­a é abrigar 90 empresas em uma área total de mais de 1 milhão de metros quadrados. Cerca de 12 mil empregos devem ser gerados.

“O cronograma (da Cidade Industrial) está aquém do que esperávamo­s, mas estamos cobrando rapidez”

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Ratinho Jr. com o prefeito Marcelo Belinati na Cidade Industrial: prefeitura admite possibilid­ade de reajustar contrato com a construtor­a responsáve­l pelas obras

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