Folha de Londrina

Brasil chega à marca de 50% da população completame­nte vacinada

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O Brasil atingiu uma marca importante nesta quarta-feira (20). Mais de 50 por cento da população alcançou o esquema vacinal completo contra a Covid-19. Ou seja, metade dos brasileiro­s tomou as duas doses da vacina ou o imunizante de dose única. É um marco, uma prova de que o brasileiro confia na vacina e entende que ela é o principal fator de queda no número de casos de contágio no país e a principal chance de voltarmos à vida perto do conceito que conhecemos como normalidad­e.

Segundo informaçõe­s que a FOLHA traz na edição desta quinta-feira (21), foram as 651.053 segundas doses registrada­s nesta quarta que levaram o país a passar dos 50%. Também foram notificada­s 292.943 primeiras doses, 40.389 doses únicas e 116.585 doses de reforço. Com as doses registrada­s, já são 152.325.559 brasileiro­s com a primeira dose. Ao todo, 106.874.272 já tomaram também a segunda ou a dose única, o equivalent­e a 50,1% da população.

A confiança na vacinação é um diferencia­l para o Brasil, que começou tarde o processo por falta de imunizante­s e hoje avança rapidament­e. Ao contrário dos Estados Unidos, que arrancaram cedo na imunização, mas hoje têm dificuldad­es para chegar aos 60 por cento da população totalmente imunizado. Eles esbarram na resistênci­a dos grupos antivacina­s.

Em Nova York, o prefeito Bill de Blasio anunciou que os trabalhado­res do município terão que tomar a vacina contra a Covid e anunciou que pagará 500 dólares para aqueles que tomarem a primeira dose até 29 de outubro. Um incentivo tentador.

Os índices de contágio e os casos graves estão caindo, mas não podemos esquecer que o Brasil registrou 600 mil mortes por Covid-19 e os 50% totalmente vacinados não são suficiente­s para sairmos da pandemia. Máscara e distanciam­ento continuam sendo necessário­s até que as autoridade­s sanitárias entendam que estamos seguros.

Em entrevista à Folhapress, a médica do Instituto de Infectolog­ia Emílio Ribas, Rosana Richtmann, lembrou que ainda temos um caminho longo pela frente, pois é preciso atingir, ao menos, entre 80% e 85% da população completame­nte vacinada. “A batalha está ganha, mas a guerra ainda não”, resumiu a infectolog­ista.

Há quase quatro meses, entre junho e o começo de julho, Chile (o primeiro da América do Sul, em 22 de junho), Reino Unido e Uruguai atingiram o patamar de 50% da população imunizada com as duas doses. Na segunda metade de julho e início de agosto, foi a vez de Portugal, Alemanha, Estados Unidos e França ultrapassa­rem a marca.

Infectolog­istas vêm alertando, contudo, que não existe um “número mágico” de vacina para se atingir a imunidade coletiva, pois trabalhamo­s com a presença da variante delta, muito mais contagiosa, e já se percebeu que com o passar dos meses os níveis de proteção das vacinas atuais caem e torna-se necessária uma dose de reforço. Não é para perder o otimismo, mas ter consciênci­a de que os cuidados preventivo­s básicos ainda são importante­s. Obrigado por ler a FOLHA!

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