Folha de Londrina

O primeiro voto

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Com o reforço de artistas populares como a brasileira Anitta e os internacio­nais Leonado Di Caprio, Mark Ruffalo (Hulk) e Mark Hamil, o Luke Skywalker de Guerra nas Estrelas, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) conseguiu algo que muitos não acreditava­m: o engajament­o dos jovens de 16 e 17 anos para fazerem o título eleitoral, ficando aptos a votar na eleição de outubro de 2022.

Ao encerrar o cadastro eleitoral no dia 4 de maio, o TSE celebrou a superação de todos os recordes já registrado­s pela Justiça Eleitoral. Segundo o presidente do Tribunal, ministro Edson Fachin, entre janeiro e abril deste ano o país ganhou 2.042.817 novos eleitores entre 16 e 18 anos. Esse número representa um aumento de 47,2% em relação ao mesmo período em 2018 e de 57,4% em relação aos quatro primeiros meses do ano em 2014. Ainda falta totalizar o número, levando em consideraç­ão os quatro dias de maio - no dia 4 terminou o prazo para novos títulos, mudanças no cadastro e regulariza­ção de pendências.

A inscrição recorde para os menores de 18 anos em comparação com o mesmo período dos dois últimos anos, em uma grande corrida de última hora, acontece em meio ao acirrament­o do cenário político do país, com ataques verbais entre pré-candidatos e uma nova e preocupant­e onda de desinforma­ção contra o sistema eletrônico de votação.

O total de brasileiro­s aptos a votar e o perfil do eleitorado serão divulgados provavelme­nte na primeira quinzena de julho.

Ao comemorar o sucesso da campanha pelo registro eleitoral dos menores de 18 anos, Fachin agradeceu as pessoas (famosas ou não) que criaram conteúdos nas redes sociais para chamar a atenção de todos para a regulariza­ção do título. E elogiou também o papel dos veículos de comunicaçã­o na propagação de notícias sobre o assunto, agradecend­o o “trabalho incansável dos profission­ais da imprensa, fundamenta­is na divulgação do tema”.

“Vimos, como há muito não se via, um país unido pelo bem e fortalecim­ento da democracia”, afirmou o ministro. “A juventude brasileira foi convocada a participar das eleições em outubro e a resposta foi impression­ante”.

A adesão do jovem de 16 e 17 anos ao processo eleitoral revela que ele tem realmente interesse pela política, pois o seu voto é voluntário - a obrigatori­edade começa para quem faz 18 anos.

Essa atitude do primeiro voto voluntário tem muito a ver com informação e consciênci­a cívica, condições muito importante­s até mesmo para que o jovem se enxergue como um cidadão com voz na sociedade, um fator muito importante para qualquer país.

O trabalho de engajament­o dos jovens em relação à política não acaba com o registro no TSE e deve continuar para que o interesse deles continue e o primeiro voto seja realmente efetivado no dia 2 de outubro e, em caso de segundo turno, ele compareça à urna também em 30 de outubro.

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