Mulheres citam melhorias físicas e psicológicas
A dona Maria Izabel Silva Pereira, 64, começou a frequentar o projeto para levar a mãe, Aparecida Camponez, 83. Mas em pouco tempo passou de acompanhante para integrante. Já são quatro anos fazendo exercícios físicos na UEL (Universidade Estadual de Londrina). “É ótimo participar, porque vemos a melhora. Não tomo remédio, me sinto bem, não tenho dores”, contou.
O desafio foi manter a rotina de atividades durante a pandemia. “Observei que minha mãe regrediu nesse período, com dores nas pernas e braços. Desde que o projeto voltou, não reclamou mais.”
Moradora da zona leste de Londrina, Anita de Lourdes Pavaneli, 73, atravessa a cidade para poder ir até a academia. “Participo do projeto desde 2014 e melhorou muito meu dia a dia. Tenho mais energia, força, não sinto dores pelo corpo. Tem me feito muito bem”, valoriza.
A iniciativa foca nas mulheres por conta das características da vida deste público, que ao envelhecer apresenta menos força, entre outros parâmetros, se comparado com os homens.
“Iniciei no projeto neste ano, por meio de uma amiga, e tem sido muito importante. Não só para a parte física, mas para a cabeça. Tenho hipertensão e fiz todos os exames pelo projeto. Estou muito feliz”, resume Maria Anita de Jesus, 61.
RECOMENDAR
“Podemos ficar muito tranquilos em recomendar o exercício físico para as idosas. Não tivemos nenhum caso de arritmia, nenhuma paciente com sintomas que apresentarem algo deletério, ou seja, efeito colateral. Vimos apenas benefícios. Temos que acabar com esse paradigma (de que idosos não podem fazer treinamento de força). Os idosos podem e devem fazer musculação”, ressalta Ricardo Rodrigues, cardiologista do Centro do Coração e que faz parte do “Estudo Longitudinal Envelhecimento Ativo”.