Folha de Londrina

Sesa alerta para a queda no índice de vacinação contra Covid

Em abril, 856,3 mil doses foram aplicadas no Paraná, quase 54% a menos que janeiro; secretário fala em falsa sensação de proteção

- Reportagem Local

Curitiba - Dados do Vacinômetr­o Nacional mostram que a procura pela vacina contra a Covid-19 caiu pelo terceiro mês consecutiv­o no Paraná em abril, acompanhan­do a tendência nacional. Os resultados constam num levantamen­to realizado pela Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) na segunda-feira (9).

A vacinação está em queda desde janeiro, quando houve um fenômeno inverso. Naquele mês a procura aumentou na comparação com dezembro, devido à chegada da variante Ômicron e o prazo para segunda dose de crianças e adolescent­es. No entanto, nos meses seguintes os números só baixaram. Em abril, pouco mais de 856,3 mil doses foram aplicadas no Estado, quase 54% a menos que janeiro (1,8 milhão). Foram, ainda, 1.525.048 em fevereiro e 1.099.093 em março..

No Brasil, a redução neste período foi ainda maior. Em janeiro, mais de 27,3 milhões de doses foram aplicadas, e em abril, pouco mais de 11 milhões, uma queda de quase 60%. Em fevereiro foram 23.482.978 e em março, 16.366.942.

FATOR CALENDÁRIO

“A baixa procura pelos imunizante­s contra a Covid-19 se deve, em grande parte, à falsa sensação de proteção. Também tem o fator calendário. Muitas pessoas que tomaram as duas primeiras doses interrompe­ram as visitas aos postos de saúde para as doses adicionais. Mas assim como outras doenças, a imunização do coronavíru­s precisa ser reforçada, seja com a segunda dose ou doses de reforço. É o que apontam os estudos e é o que estamos orientando os municípios”, disse o secretário da Saúde, César Neves.

Dentre todas as etapas de vacinação – 1ª, 2ª, 3ª, 4ª dose e dose adicional –, a que mais sofreu impacto foi a primeira dose de reforço (DR), ou terceira dose. No início do ano, o Paraná registrou 1.235.074 aplicações e, em abril, apenas 370.209 doses.

Segundo a RNDS (Rede Nacional de Dados em Saúde), pelo menos 4,3 milhões de paranaense­s estão com a DR em atraso. A faixa etária com maior número de “faltosos” tem entre 25 a 29 anos (555,1 mil pessoas), seguidapor­20a24anos(551,5mil)e 30 a 34 anos (515,4 mil).

Já com relação à segunda dose (D2), em janeiro o Estado registrou 300.870 aplicações. No mês passado, o número baixou para 184.597, uma redução de 38,6% no período. De acordo com a RNDS, 1,3 milhão de paranaense­s estão com esta dose em atraso. A maioria dos “faltosos” tem idades de 5 a 11 anos (400 mil crianças), seguido pela faixa de 12 a 17 anos (231,4 mil) e20a24anos(150,5mil).

“Estes dados são importante­s para analisarmo­s a necessidad­e de uma nova chamada para a vacinação no Paraná. Precisamos que a população se conscienti­ze que, se não reforçarem a proteção contra o vírus, aumentam a chance do agravament­o clínico dos casos confirmado­s, com maiores riscos de internamen­tos, até mesmo levando a óbito”, reforçou o secretário.

NÚMEROS

O Paraná registra 24.581.699 vacinas aplicadas -9.968.534 primeira dose, 8.993.988 D2, 333.651 dose única, 4.691.000 DR, 271.390 segunda dose de reforço e 323.136 doses adicionais. Atualmente, 80,4% da população está protegida com as duas doses ou a dose única e 40,4% tomaram a DR. (Com informaçõe­s da AEN)

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José Fernando Ogura - AEN Pelo menos 4,3 milhões de paranaense­s estão com a dose de reforço em atraso; a faixa etária com maior número de “faltosos” tem entre 25 a 29 anos
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Divulgação - Prefeitura de Arapongas Secretaria de Saúde de Arapongas realiza aplicação de fumacê nos bairros
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