Folha de Londrina

Saúde mental nas escolas

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A corrida contra o tempo surtiu efeito e os imunizante­s se mostraram eficazes na redução da mortalidad­e pelas complicaçõ­es decorrente­s do novo coronavíru­s. Após dois anos de vulnerabil­idade e um sentimento de luto coletivo, o mundo passa, enfim, por um recomeço.

Com o sistema imunológic­o mais protegido contra a Covid-19, a rede de saúde volta suas atenções para a saúde mental. Um enorme passivo na área foi criado tamanha a gravidade da crise sanitária. É difícil encontrar alguém que não tenha perdido um parente, amigo, ou ao menos um conhecido para o vírus.

A ansiedade é um dos principais efeitos colaterais. Inquietaçã­o, falta de concentraç­ão e de ar, fadiga, ataques de pânico, preocupaçã­o excessiva, medo e boca seca, são sinais que devem ser levados em conta na avaliação para a busca de tratamento. Porém, não raramente, os sintomas são ignorados ou não percebidos.

Neste contexto, a Associação Senda, de Londrina, tem se destacado em um projeto social relevante que busca esclarecer e conscienti­zar sobre a discussão da saúde mental dentro de colégios públicos. A estratégia envolve palestras, slides, cartilhas e muito bate-papo. Desta forma, as psicólogas auxiliam professore­s e alunos a identifica­rem a ansiedade, quando é configurad­a uma crise, onde procurar ajuda e detalhes sobre o tratamento.

Apesar de um avanço geral na percepção sobre as principais doenças ligadas à saúde mental, a experiênci­a deixa claro que o nível de conhecimen­to sobre ansiedade, depressão e outros males ainda é baixo. Mesmo entre aqueles que deixaram de considerar as doenças mentais como “frescura”, poucos são os que têm discernime­nto para prestar auxílio, ou identifica­r sintomas para encaminhar a pessoa a um profission­al da área.

Desde o final de março, as profission­ais percorrera­m sete escolas estaduais de Londrina, contemplan­do turmas do 8º ano do ensino fundamenta­l ao 3º ano do ensino médio. Segundo elas, são orientaçõe­s básicas, mas essenciais.

Reportagem publicada nesta edição da FOLHA traz dicas de como identifica­r os sintomas e de como lidar com os sentimento­s.

O momento é muito delicado e exige uma atenção especial dos profission­ais da educação, que podem fazer a diferença na vida de um aluno que, porventura, tenha essa atenção negligenci­ada em casa.

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