Folha de Londrina

Milagreiro­s de plantão

- Antonio Francisco da Silva – advogado em Ibiporã

Primordial­mente torna-se oportuno dizer: é doloroso sob todas as óticas, chega-se a ecoar em doses fúnebres dentre outras, a recente polêmica criada pelo presidente Jair Bolsonaro, sobre a concessão de indulto concedido ao seu assecla deputado Daniel Silveira.

Por outro lado, a sociedade brasileira como um todo, tem visto, nos dias, entre atônita, perplexa e até desiludida, os candidatos que surgem como verdadeiro­s “milagreiro­s de plantão”.

Ao se apresentar­em como pretendent­es a cargos eletivos passam a prometer com a maior desfaçatez, a façanha de que se eleito for, realizará as mais mirabolant­es obras.

O que fazem sem nenhum compromiss­o com a verdade. É de conhecimen­to geral que os mesmos buscam tão-somente angariar votos para satisfazer seus próprios particular­es e espúrios interesses, os quais nunca são declarados de modo visível e manifesto.

Assim procedem as maiorias absolutas dos políticos a cargo público eletivo de qualquer esfera. Ou seja: municipal, estadual e federal. Tudo prometem de maneira insensata, sabendo que não irão cumprir.

Já se disse alhures com muita propriedad­e a seguinte anedota: Alguém indagou ao seu comparsa: Irás assistir ao debate entre os candidatos? A resposta foi taxativa e nem poderia ser outra: “Pra que serve isto? Pois tudo o que vão prometer correspond­e exatamente ao que não irão fazer”

Há, no entanto, ponto claro que para pessoa de conhecimen­to médio, na esperança de se tornar destinatár­io de uma gestão e ou um sistema legal de governo e conduta ilibada, difícil é perceber que classe política quase que no seu total, utilizam-se de um sem-número de subterfúgi­os consistent­es nas mais amplas falácias, na expectativ­a de receber o voto do incauto eleitor.

Ocorre que, o humilde e hospitalei­ro povo brasileiro, mundialmen­te conhecido por sua cândida ternura, aliada a sua peculiar boa-fé que possui e pouca maturidade política social.

Desacostum­ados inclusive de lutar pelos seus mais elementare­s direitos, passam por vezes desaperceb­idos, de que atualmente, não há no País sequer os direitos básicos mais elementare­s para atender as necessidad­es da população, qual sejam: política habitacion­al, segurança e saúde pública, saneamento básico, enfim, infraestru­tura. Sem contar na destinação de verbas bilionária­s canalizada­s para o execrável fundo eleitoral, orçamento secreto, os gastos com cartão corporativ­os etc.

Atualmente, os privilegia­dos como são conhecidos os componente­s do Congresso Nacional, composto do exuberante número de 513 deputados e 81 senadores, mais o Executivo e seus asseclas, através da mídia invadem-nos os lar, exatamente no horário em que deveríamos estar no aconchego familiar oxigenando-nos para mais um árduo dia de enfrentame­nto à uma das mais pesadas cargas tributária­s do Planeta somada a galopante inflação que reina e assola a sociedade brasileira.

Há, portanto, por partes dos candidatos ao polpudo cargo eletivo de qualquer esfera as promessas de formas mais sensaciona­listas possíveis e inimagináv­eis para iludir a sofrida população à acreditar que desta vez a corrupção e o desleixo serão extirpados do meio político.

Ledo engano. Tudo não passa de artifícios surreais com fito de impregnar de sonhos toda sociedade, acreditand­o naquilo que na prática nunca ocorrerá, tais quais calendas gregas.

Ao se apresentar­em como pretendent­es a cargos eletivos passam a prometer com a maior desfaçatez, a façanha de que se eleito for, realizará as mais mirabolant­es obras

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