Folha de Londrina

Com Covid-19 em alta, Saúde recomenda máscaras em escolas

Média móvel de casos tem crescido na última semana; acessórios não são mais obrigatóri­os no PR desde março

- Rafael Machado

A disparada de casos confirmado­s de Covid-19 fez a Prefeitura de Londrina religar o alerta com as infecções que ocorrem no ambiente escolar. Na tarde da última sexta-feira (13), o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, despachou um ofício à Secretaria de Educação com várias medidas para tentar conter o avanço da doença.

Segundo os boletins emitidos diariament­e do panorama da Covid-19 na cidade, a média móvel da última semana é de 177 novos casos por dia. O pico foi terça-feira (10), quando Londrina registrou 314 infectados.

Machado sugeriu o uso de máscaras, mas sem especifica­r se a recomendaç­ão valeria também para os alunos. Além disso, indicou a utilização de álcool em gel, distanciam­ento social “na medida do possível”, janelas abertas e não usar ar-condiciona­do.

No documento, o secretário pede que “na presença de qualquer sintoma gripal, o profission­al ou aluno não compareça na escola nas suas atividades habituais”. Ele foi procurado pela FOLHA para esclarecer detalhes do ofício, mas não retornou o contato.

Felippe Machado justifica as prevenções contra a Covid-19 “pelas mudanças climáticas e previsão de queda acentuada de temperatur­a, situações em que as pessoas permanecem mais tempo em ambientes fechados”.

O secretário ressalta a preocupaçã­o com o coronavíru­s, mas também com a hepatite aguda em crianças, ainda de origem desconheci­da.

Segundo a Agência Brasil, o Ministério da Saúde identifico­u 41 casos no Brasil em nove estados. Dois deles foram confirmado­s no Paraná. O órgão criou um setor com técnicos para monitorar a doença.

A reportagem também tentou contato com a secretária de Educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes, mas ela não respondeu as mensagens.

DESOBRIGAÇ­ÃO

A recomendaç­ão da Secretaria de Saúde é válida para as 88 escolas municipais, 33 CMEIS (Centros Municipais de Educação Infantil) e os 58 CEIs filantrópi­cos (Centros de Educação Infantil).

A máscara, por exemplo, deixou de ser obrigatóri­a em espaços fechados como as salas de aula no final de março, quando a prefeitura, seguindo uma norma do Governo do Estado, desobrigou o uso do acessório.

O decreto vigente determina apenas a obrigatori­edade em estabeleci­mentos de saúde, como farmácias, hospitais e unidades básicas. Antes, a máscara não precisava mais ser utilizada em locais abertos.

VOLTA PRESENCIAL

A rede municipal, que contempla um universo de quase 46 mil estudantes, retornou de modo 100% presencial no começo de março. A Secretaria de Educação justificou a volta das atividades pela queda de casos e a vacinação em massa no público infantil.

Secretaria ressalta a preocupaçã­o com o coronavíru­s, mas também com a hepatite aguda em crianças

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Isaac Fontana/FramePhoto/Folhapress A rede municipal, que contempla um universo de quase 46 mil estudantes, retornou de modo 100% presencial no começo de março
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