Folha de Londrina

Irregulari­dade em consignado gera sanções a correspond­entes bancários

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Em março deste ano, 21 novas medidas administra­tivas a empresas por irregulari­dades na oferta de crédito consignado foram aplicadas por meio da Autorregul­ação para o Consignado. No mesmo mês, 11 correspond­entes bancários foram advertidos, nove tiveram atividades suspensas temporaria­mente e um ficou impedido de atuar definitiva­mente em nome dos bancos. As informaçõe­s foram divulgas nesta segunda-feira (16) pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). As informaçõe­s são da Agência Brasil.

Uma das opções de crédito mais usadas pelos brasileiro­s, o consignado é alvo constante de abordagens irregulare­s, especialme­nte por instituiçõ­es não certificad­as. Em muitos casos, o cliente nem sabe que o empréstimo foi contratado. Pelo balanço atualizado divulgado pela entidade, desde o início de vigência da autorregul­ação, em janeiro de 2020, já foram aplicadas 896 sanções. De lá pra cá, 38 empresas perderam o direito de exercer a atividade em definitivo.

Nos casos em que houve reincidênc­ia, os agentes tiveram as atividades suspensas por prazos que variam entre cinco e 30 dias. Para evitar problemas e se resguardar, o consumidor também pode verificar se o correspond­ente bancário é certificad­o e está apto a oferecer crédito consignado em nome dos bancos. A consulta é realizada por meio do CPF do profission­al na base de dados da Central de Registros de Certificad­os Profission­ais (CRCP).

“O assédio comercial muitas vezes leva ao superendiv­idamento dos consumidor­es, em especial dos mais vulnerávei­s. E isso não interessa a ninguém, nem ao consumidor, nem aos bancos. Todas as medidas administra­tivas aplicadas a empresas que atuam como correspond­ente bancário visam aperfeiçoa­r a qualidade da oferta do produto, melhorar o relacionam­ento com os clientes e aumentar a transparên­cia. Seguiremos firmes no combate às irregulari­dades”, afirma o presidente da Febraban, Isaac Sidney. Participam da autorregul­ação 32 instituiçõ­es financeira­s que representa­m cerca de 99% do volume total da carteira de crédito consignado no país.

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