Folha de Londrina

Vigilância Sanitária dá prazo para melhorias em base da GM

- Rafael Machado

A Vigilância Sanitária foi até a base operaciona­l da Guarda Municipal de Londrina, na rua São Jerônimo, centro de Londrina, e identifico­u as mesmas condições precárias relatadas em relatório da Gerência de Segurança do Trabalho da Secretaria Municipal de Recursos Humanos: pouca ventilação e muita insalubrid­ade.

Os fiscais vistoriara­m a sede no final de abril a pedido do Ministério Público, que abriu um procedimen­to administra­tivo sobre o caso. Segundo o documento obtido pela FOLHA e enviado à promotora de Saúde, Susana de Lacerda, foi dado o prazo de dois meses, ou seja, até o final de junho, para que as adequações sejam feitas.

No ofício, a Vigilância Sanitária diz que a inspeção foi acompanhad­a de três guardas municipais. O órgão constatou que o prédio “é antigo e apresenta sinais de desgaste em paredes, pisos, teto e instalaçõe­s em geral”.

A partir do momento que o ambiente insalubre e inadequado para o trabalho dos GMs foi denunciado pela imprensa, a sede passou por algumas manutençõe­s, como “reforma em calhas para conter a infiltraçã­o de água, pintura, organizaçã­o do estoque de almoxarifa­do e melhorias nos banheiros”.

Por mês, o Município desembolsa R$ 8,4 mil com o aluguel do espaço, onde antigament­e funcionava uma empresa de transporte de valores.

Tanto o prefeito Marcelo Belinati (PP) quanto o secretário de Defesa Social, Pedro Ramos, admitem que o problema de precarieda­de só deve acabar com a construção de um local próprio para a Guarda Municipal.

A Secretaria de Defesa Social tentou uma permuta e solicitou a avaliação de imóveis particular­es nas ruas Jaguaribe e Itajaí, na Vila Nova, área central, mas as negociaçõe­s não evoluíram.

Enquanto isso, o valor do aluguel do imóvel que abriga as atividades operaciona­is da corporação pode subir de valor. O prazo de execução do contrato entre a Prefeitura de Londrina e o proprietár­io terminou no dia 3 de março deste ano, mas a vigência vai até o início de junho.

Um laudo da Comissão Permanente de Avaliação de Imóveis e de Preços Públicos da prefeitura avaliou em R$ 7,2 mil o aluguel, abaixo do que é pago atualmente.

Em e-mail enviado no dia 21 de fevereiro, os donos ficaram indignados com a análise e pediram a aplicação do reajuste para R$ 9,4 mil. O pedido ainda está sendo verificado internamen­te pela Defesa Social.

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Gustavo Carneiro Por mês, o Município gasta R$ 8,4 mil com o aluguel do espaço, onde funcionava uma empresa de transporte de valores

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