Folha de Londrina

Máscaras voltam com aumento de casos de Covid

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O avanço da vacinação contra a Covid-19 reduziu o número de óbitos e internamen­tos. Mas isso não significou que o contágio cedeu. O vírus continua circulando e o aumento de casos em Londrina fez a prefeitura rever um protocolo: a Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde, encaminhou ofício para a Secretaria Municipal de Educação recomendan­do o uso de máscaras nas escolas municipais. Desde o dia 29 de março, por meio de um decreto, o governo estadual desobrigou o uso de máscaras no Paraná. Londrina regulament­ou a medida mantendo o acessório em ambientes de saúde.

Os últimos boletins da Covid em Londrina dão conta de que a preocupaçã­o da prefeitura não é em vão. Se no dia 16 de abril o boletim com os números da doença na cidade apresentav­a apenas 85 casos ativos e 30 casos confirmado­s, sem morte alguma, no boletim de segunda-feira (16) foram registrado­s 796 casos ativos (+836,47%), 202 episódios confirmado­s (+573,33%) e uma morte.

No boletim de sábado a cidade possuía 755 pessoas monitorada­s em isolamento domiciliar. Outros 23 casos estavam internados, entre os quais 14 permanecia­m em leitos moderados, de enfermaria, e outros nove estavam na UTI. Londrina acumula mais de 2.500 óbitos em decorrênci­a da infecção causada pelo novo coronavíru­s.

Em entrevista à FOLHA, o infectolog­ista Walton Luiz Del Tedesco Junior, da Santa Casa de Londrina, afirmou que era esperado o aumento de caso, com a queda da temperatur­a. Na opinião do médico, o uso de máscaras seria importante para conter esse avanço.

A Prefeitura de Ibiporã, na Região Metropolit­ana de Londrina, também decidiu tomar um medida restritiva e publicou uma portaria em que volta a exigir a utilização da máscara dentro das repartiçõe­s públicas do município. O texto, assinado pelo prefeito José Maria Ferreira, destaca que a decisão foi tomada diante do “aumento do índice de servidores com exames positivos para a Covid19 em vários departamen­tos”.

Infelizmen­te, o Sars-CoV-2 é um vírus que não dá sinais de desapareci­mento e dele surgiram diversas linhagens, sublinhage­ns e variantes recombinan­tes. Com isso, estão sendo frequentes os casos de reinfecção e especialis­tas falam que, provavelme­nte, ao longo tempo teremos um padrão de pessoas sendo contaminad­as diversas vezes ao longo de suas vidas.

Com o fim da obrigatori­edade do uso de máscaras, em março, deu-se um passo importante para o que acreditamo­s ser uma volta à normalidad­e. Mas ainda é preciso que todos façam a sua parte, incluindo o poder público, acompanhan­do as estatístic­as e decidindo se é preciso retroceder em algum ponto. A participaç­ão da sociedade também é fundamenta­l, com bom senso, se isolando em caso de aparecimen­to de sintomas da Covid, utilizando álcool em gel e cobrindo nariz e boca ao espirrar. Lembrando que a flexibiliz­ação das medidas restritiva­s só foi possível porque a maioria da população aderiu às medidas sanitárias.

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