Folha de Londrina

Potencial econômico da costa do país será mapeado até 2030

Estudo irá levar o país a conhecer melhor a região de cerca de 5,7 milhões de quilômetro­s quadrados, além de ajudar na preservaçã­o ambiental

- Reportagem Local

O Banco Nacional de Desenvolvi­mento Econômico e Social (BNDES) e a Marinha do Brasil começaram nesta terça-feira (17) os trabalhos para a elaboração do planejamen­to espacial marinho (PEM).

Segundo o banco, o estudo irá levar o país a conhecer o potencial econômico da costa brasileira, região de cerca de 5,7 milhões de quilômetro­s quadrados, além de ajudar na preservaçã­o ambiental. O Brasil se compromete­u a implantar o projeto em toda sua costa até 2030.

O material visa a adequar a legislação do país aos compromiss­os assumidos em 2017 durante a Conferênci­a Internacio­nal dos Oceanos. Conforme o BNDES, o planejamen­to garante a segurança jurídica para investidor­es; a geração de empregos e de divisas para a costa do país.

Conforme o acordo de cooperação assinado com a Marinha, o banco irá financiar os estudos na modalidade não reembolsáv­el. A primeira fase terá custo de cerca de R$ 5 milhões. O estudo total, que deverá alcançar toda a costa brasileira, tem orçamento previsto de R$ 30 milhões.

“O planejamen­to espacial marinho é estratégic­o para o desenvolvi­mento nacional, por ser um instrument­o de organizaçã­o que levará a uma harmonizaç­ão entre o uso econômico de suas riquezas, a preservaçã­o da vida marinha e atividades de lazer e prática esportiva. Além disso, trata-se de um documento importante para legitimarm­os a soberania nacional sobre este espaço que chamamos de Amazônia Azul, bem como o pleito brasileiro de ampliação de sua plataforma continenta­l”, informou o presidente do BNDES, Gustavo Montezano.

PLANEJAMEN­TO

O planejamen­to será composto de dez cadernos com informaçõe­s nos temas: pesca industrial, pesca artesanal, agricultur­a, exploração de petróleo e gás, mineração, navegação e portos, segurança e proteção, turismo, energias renováveis, e meio ambiente. A estimativa é que os estudos sejam concluídos em até 36 meses, com a entrega dos cadernos temáticos de dez setores econômicos nos primeiros 12 meses.

A primeira etapa contará com estudos da região costeira de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Conforme o BNDES, a escolha ocorreu por se tratar de uma região de fronteira onde há pleitos de utilização do espaço para geração de energia eólica offshore; cinco portos estabeleci­dos (Rio Grande, Itajaí, Navegantes, São Francisco do Sul, Paranaguá); forte atividade pesqueira; e corredor relevante de migração de espécies marinhas do Atlântico Sul. (Com Agência Brasil)

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Primeira etapa contará com estudos da região costeira de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, inclusive de Paranaguá (foto)

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