Folha de Londrina

Doar sangue também no inverno

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Os meses de outono e inverno se encaixam naqueles períodos críticos de baixo volume de doação de sangue no Brasil. Na última semana, o Hemepar (Centro de Hematologi­a e Hemoterapi­a do Paraná) alertou a população para a necessidad­e urgente de doação de sangue, em especial dos tipos O-, O+ e A-.

O pedido acontece, sobretudo, porque no frio a tendência é as pessoas deixarem de doar e os bancos de sangue observam uma diminuição do estoque em períodos de temperatur­a mais baixa.

Segundo o secretário de Estado da Saúde, César Neves, é comum que as pessoas adotem um comportame­nto mais caseiro e sejam mais comuns condições como resfriado e gripe, o que cria um quadro desfavoráv­el para a doação.

Assim, campanhas para reforçar a importânci­a e estimular o desejo em doar é fundamenta­l. O secretário lembra que não há substituto para o sangue e este ato de solidaried­ade é indispensá­vel para salvar vidas.

Durante a pandemia da Covid-19, principalm­ente nos dois últimos anos, o Brasil observou os estoques dos bancos de sangue esvaziarem. O Ministério da Saúde realizou um grande movimento de conscienti­zação, no ano passado, no sentido de esclarecer que mesmo quem já vacinou contra a Covid-19 pode doar sangue normalment­e, bastando para isso esperar um período que varia de acordo com o imunizante aplicado.

Também houve um esforço em esclarecer que os hemocentro­s estão preparados e seguem rigorosame­nte todos os protocolos de segurança para prevenir os candidatos à doação e os profission­ais de saúde, com atendiment­os, inclusive, com hora marcada.

Agora, com a chegada do inverno, é preciso apelar novamente à consciênci­a e boa vontade da sociedade. Os homens podem doar sangue a cada dois meses, quatro vezes ao ano. Já as mulheres, a cada três meses, numa máxima de três doações ao ano, conforme explicou a Sesa.

Depois de coletado, o sangue é fracionado e acontece o processo de separação dos hemocompon­entes (plasma, hemácias, plaquetas e crio). Após isso, a bolsa fica estocada até o resultado dos exames para a liberação. Por isso, também é importante ressaltar a validade da doação com antecedênc­ia, uma vez que, após a coleta, o sangue pode levar até 48 horas para ser liberado.

Para doar, é necessário ter entre 16 e 69 anos completos. O Hemepar é responsáve­l pela coleta, armazename­nto, processame­nto, transfusão e distribuiç­ão de sangue para 384 hospitais públicos, privados e filantrópi­cos que atuam em todas as regiões do Paraná. É uma entidade sem fins lucrativos e atende à demanda de fornecimen­to de sangue e hemoderiva­dos do Estado graças às doações dos voluntário­s.

Este sangue doado é importante para atendiment­os de urgência, emergência, grandes cirurgias e doenças crônicas. Qualquer um pode enfrentar situações difíceis e precisar de uma transfusão.

Por isso, lembre-se: doar sangue é doar vida.

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