Folha de Londrina

Prefeitura de Caruaru nega censura a artistas no São João

- Pedro Martins

Ribeirão Preto (SP) - A Prefeitura de Caruaru, cidade localizada a 136 quilômetro­s do Recife, publicou uma nota no Instagram negando que haverá censura contra manifestaç­ões políticas dos artistas que se apresentar­ão no São João. A nota foi publicada no início da tarde de sexta-feira (20), depois do jornal Folha de S.Paulo ter noticiado que o edital de contrataçã­o dos artistas dizia que qualquer atração “que expresse conteúdo político de qualquer natureza” não seria contratada e que o descumprim­ento da cláusula poderia levar à suspensão de cachês.

A festa, que começa em 4 de junho e vai até 2 de julho, deverá contar com presença do presidente Jair Bolsonaro, de acordo o prefeito Rodrigo Pinheiro, do PSDB. Também participar­á o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, que faz parte da Brucelose, um grupo de forró.

“O texto do edital, mal redigido, foi pensado por burocratas que buscavam evitar a politizaçã­o de um evento que tem como finalidade o entretenim­ento, a valorizaçã­o da cultura e a celebração religiosa das festas de junho. Nosso compromiss­o é absoluto e irrestrito com a liberdade de expressão, essencial para assegurar a continuida­de do processo democrátic­o. Não haverá qualquer tipo de pena para quem se livre manifestar durante o evento”, diz a nota.

Além dos artistas locais, boa parte deles inscritos por meio do edital, devem se apresentar na festa Luan Santana, Mari Fernandez, Felipe Amorim, Dorgival Dantas e Bell Marques. As apresentaç­ões principais serão divididas em matinês nos dias 11, 23, 24, 25 e 26.

O imbróglio surge cerca de um mês e meio após Pabllo Vittar ter mostrado uma toalha com o rosto do ex-presidente Lula e feito um sinal de “L” com a mão no palco do Lollapaloo­za, festival de música que ocorreu no último fim de semana de março em São Paulo. A equipe do presidente Jair Bolsonaro questionou a organizaçã­o do festival. Seu partido, o PL, acionou o TSE por suposta propaganda eleitoral irregular no evento, alegando que a legislação só permite campanha política a partir de 16 de agosto.

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