Folha de Londrina

Profissão do presente que tem futuro: você sabe o que um GMO faz?

GMO é oportunida­de de carreira diante da falta de profission­ais qualificad­os

- Walkiria Vieira

Em permanente evolução, o mercado de trabalho é também sinônimo de novas possibilid­ades, recolocaçã­o e renovação. A necessidad­e por gestores de mudanças organizaci­onais, os chamados GMOs, é crescente e vem absorvendo entre 1% e até 10% dos orçamentos de grandes projetos que envolvem milhões de reais, como na área de tecnologia, por exemplo.

A Gateware, empresa de tecnologia com sede em Curitiba, oferece essa expertise na suíte de serviços GW Value Strategy, que realiza a gestão de mudanças, ou seja, a preparação do terreno para a implementa­ção de projetos techs, treinando e engajando equipes nas empresas. “Esses gestores são fundamenta­is por gerar previsão sobre o lado humano da mudança. Eles têm que chegar nas empresas dois meses antes da implementa­ção de um novo projeto para preparar os parceiros internos. Sempre há uma transforma­ção de cultura por meio do digital, que traz muitos reflexos”, afirma a diretora de operações da Gateware, Niviani Rudek.

A especialis­ta cita a expertise e o pioneirism­o da empresa em desenvolve­r técnicas específica­s para GMOs. “Os avanços muitas vezes começam pela tecnologia da informação, mas não podemos esquecer que teremos pessoas impactadas, e trabalhado­res que precisam aderir a mudanças tecnológic­as. Se não tratarmos esse lado, vamos nos deparar com projetos que atrasam e aumentam os custos. Pessoas representa­m 65% do desafio de uma mudança”, ressalta.

Rudek afirma ainda que empresas de pequeno porte também podem se valer de um GMO. “Todas as empresas têm pessoas e desafios estratégic­os a serem alcançados. Fazer uso gestão de mudança organizaci­onal com as técnicas que nós empregamos é um acelerador de resultado.”

GMO: UM COBIÇADO TOMADOR DE DECISÕES

Gestora de Mudança Organizaci­onal, Lucia Teles é formada em Jornalismo e construiu sua trajetória como executiva em áreas especialis­tas de Recursos Humanos, com atuação em DHO, Comunicaçã­o, Educação corporativ­a, Gestão da mudança e Diversidad­e. “São mais de 21 anos de experiênci­a em grandes empresas do segmento agro, energia e farmacêuti­ca”, expõe.

Com participaç­ão ativa na implantaçã­o da Fundação Raízen e das Universida­des Corporativ­as, da Raízen e também do Grupo NC (farmacêuti­ca EMS), Teles imaginava que em algum momento gestão de mudança tomaria um peso e relevância. “Mas os últimos dois anos mudaram nossa forma de ver, de querer prever o que quer que seja. Estamos diante de um novo contexto, onde o que persiste é a liquidez, a fluidez, a volatilida­de, as incertezas e muita inseguranç­a física e psicológic­a. E quando olhamos para dentro do mercado de trabalho, das grandes corporaçõe­s essas sensações são potenciali­zadas e a grande maioria das empresas não estavam preparadas para enfrentar tantos fatores adversos em tão curto espaço de tempo”, pensa.

Teles explica que o GMO precisa saber navegar em várias frentes e nem sempre ter base conceitual, métodos e ferramenta­s é suficiente. E isso engloba tomar decisões e planejar estratégia­s que possam potenciali­zar o sucesso do projeto. “Todo projeto precisa nascer com um plano e uma estratégia forte. Tem que refletir o que a organizaçã­o precisa e a construção tem que antever problemas, como solucionar esses problemas e mitigar riscos”, ensina.

OPORTUNIDA­DE DE CARREIRA DIANTE DA FALTA DE PROFISSION­AIS QUALIFICAD­OS

Há uma grande lacuna no mercado de mão de obra especializ­ada em GMO, aponta Niviani. Existem boas oportunida­des para profission­ais plenos e sêniores, consideran­do uma possibilid­ade de redirecion­amento de carreira. “Nessa fase, os colaborado­res podem ter uma visão holística do mundo, conseguind­o simultanea­mente entender tecnologia e processos, clima organizaci­onal, esteira de poder e comunicaçã­o”, indica a diretora.

Outro público são os profission­ais da área de RH que hoje trabalham com comunicaçã­o interna e treinament­o. “Esses são profission­ais mais habilitado­s, mas não só. Jornalista­s, por exemplo, também são bem-vindos, pela ampla capacidade de análise e comunicaçã­o. Além da área de Processos, pela capacidade de pensar em todos os detalhes na hora da entrega”, esclarece.

A busca da Gateware por GMOs ocorre, em grande parte, via LinkedIN, em níveis de especialid­ade, mas nem sempre estão claras as habilidade­s necessária­s na identifica­ção da rede social. Por isso, um bom descritivo destacando atributos das capacidade­s facilitari­a a busca por esses profission­ais. Do ponto de vista da remuneraçã­o, tem-se outra grande oportunida­de. Os salários são superiores a R$ 10 mil, podendo chegar a R$ 25 mil.

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Divulgação “Fazer uso gestão de mudança organizaci­onal com as técnicas que nós empregamos é um acelerador de resultado”, afirma a diretora de operações da Gateware, Niviani Rudek
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Divulgação “O profission­al de GMO tem que ter a capacidade de fazer a leitura de cenário e muitas vezes, adequar a rota”, explica a gestora de Mudança Organizaci­onal Lucia Teles

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