Folha de Londrina

Mudança na rotina para derrubar o mosquito da dengue

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O surto de dengue no Brasil superou, em quatro meses, o número de casos registrado­s durante 2021. Nesta segunda-feira (23) ganhou destaque na imprensa nacional a informação de que a situação é a pior da década em cinco estados e mais o Distrito Federal. São eles: Goiás, Piauí, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins.

O combate ao surto utiliza, de maneira geral, as armas já bastante conhecidas em todo o país, como conscienti­zação da população para que evite criar lugares propícios para a reprodução do mosquito transmisso­r, o Aedes aegypti, aplicação de larvicida, mutirão de limpeza, treinament­o de agentes de saúde, entre outras atividades.

Em Londrina, a secretaria municipal de Saúde deu início, nesta segunda-feira, à aplicação do fumacê pelos bairros da cidade. A medida é uma ferramenta complement­ar no combate ao Aedes aegypti para frear o avanço da dengue na cidade.

Os números da doença em Londrina, desde o início deste ano, apontam 6.153 notificaçõ­es, com 868 casos confirmado­s, 2.064 aguardando resultados de exames e duas mortes: um homem de 85 anos, na região norte, e uma mulher de 86, que vivia na região leste.

Ao todo, três veículos do governo do Estado irão percorrer as ruas do município, começando pela zona norte, uma das regiões onde a Vigilância Sanitária encontrou mais focos do Aedes aegypti.

No segundo LIRAa (Levantamen­to Rápido de Infestação do Aedes aegypti) de 2022, Londrina apresentou um índice de infestação vetorial predial de 7,8%, percentual considerad­o de risco. O satisfatór­io é abaixo de 1 e o de alerta entre 1 e 3,9. O levantamen­to foi realizado no período de 4 a 8 de abril, em 9.924 imóveis.

Gestores da área de saúde pública vêm justifican­do que a pandemia da Covid-19 atrapalhou o trabalho de prevenção da dengue, já que o foco das vigilância­s foi o combate ao coronavíru­s, além da redução das visitas de agentes de saúde às residência­s.

Os números da dengue costumam ser mais altos durante o verão, devido à alta temperatur­a e à maior quantidade de chuvas. Com a queda nas temperatur­as, tendência é uma redução no número de casos. Mas a prevenção deve acontecer no ano todo e além das políticas públicas, é preciso chamar atenção para as responsabi­lidades individuai­s. As pessoas precisam seguir as recomendaç­ões básicas da Vigilância Sanitária, evitando em suas casas e locais de trabalho qualquer coisa que possa virar um reservatór­io com água parada. É lá que o mosquito usará como criadouro.

O cidadão precisa acrescenta­r mais uma pequena tarefa na rotina: ficar atento ao acúmulo de objetos dentro de casa e no quintal, além de vistoriar os vasos de planta para que não se tornem depósitos de ovos do vetor. Uma atitude que não leva tanto tempo e contribui muito para a saúde pública.

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