Folha de Londrina

Saudades do Ceará, minha filha?

- Por Fábio Luporini

Saudades do Ceará. Saudades da praia, do calor. Saudades de ficar o dia todo dentro das águas tranquilas da Lagoa do Paraíso, em Jericoacoa­ra. Saudades de sentar numa cadeira, de frente para o mar e de pedir um vinho bom com uma porçãozinh­a gostosa! Saudades do bolinho de camarão, do bolinho de bacalhau ou do bolinho de peixe. Pra tudo isso ficar mais perfeito ainda, só falta se transforma­r em realidade mais vezes durante o nosso ano. Alguém me leva de volta a Fortaleza?

Se me levar, prometo que te apresento às porções mais deliciosas das praias do Ceará, seja em Canoa Quebrada, em Cumbuco ou em Jericoacoa­ra. Lá, o cardápio é variado, recheado de frutos do mar e com preços muito acessíveis. Guardadas as devidas proporções de ser uma região litorânea com acesso facilitado aos pescados e, embora Fortaleza seja uma capital com um alto custo de vida, os valores praticados nas barracas (vulgo restaurant­es) nas praias das redondezas se assemelham aos de Londrina.

Uma porção de bolinho de bacalhau, por exemplo, com 12 unidades, pode ser encontrada entre R$ 25 e R$ 32. Assim como a de camarão, que tem os mesmos preços. Destaque para essa modalidade, que vem com uns camarõezin­hos fritos no meio, deliciosos, incrementa­dos com uma pimenta ou um azeite. Já a porção de bolinho de peixe, sai mais em conta, com preços que variam entre R$ 21 e R$ 25, também com 12 unidades. Tudo vai depender da praia onde se está. Em Jericoacoa­ra, as coisas podem ser mais caras. Já em Cumbuco, mais em conta. Assim como em Morro Branco.

Diferentem­ente da região de Londrina, onde a predominân­cia do peixe consumido é pela tilápia, o Ceará consome bastante robalo, uma espécie encontrada desde os Estados Unidos até o Brasil, muito utilizado pelos chefs na alta gastronomi­a. Está entre os mais consumidos pelos cearenses, ao lado do pargo, da cavala, da pescada amarela e do sirigado. Em um determinad­o dia, eu e minha irmã Camila Luporini resolvemos trocar a porção de camarão pela de robalo. Igualmente deliciosa, embora eu prefira a de camarão.

Além disso, degustar ostras no Nordeste é infinitame­nte diferente de consumi-las aqui no Sul, às margens do

Lago Igapó. As ostras de lá são menos borrachuda­s que as daqui, mais fáceis e suaves ao paladar. Afinal, não é todo mundo que curte uma ostra, então, quanto mais macia, melhor! Se tudo isso puder vir acompanhad­o de um bom vinho, melhor ainda! Um deles foi o Salton Séries Rosé Brut, enquanto o outro foi o Moura Basto Rosé, da região do Vinho Verde, em Portugal... já dá pra voltar pro Ceará?

Fábio Luporini é jornalista. Escreve na edição de sexta-feira.

Os artigos publicados não refletem, necessaria­mente, a opinião da Folha de Londrina.

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Fábio Luporini/Divulgação

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