Status sanitário completa um ano no Paraná e impulsiona investimentos
Com reconhecimentos internacionais de área livre da febre aftosa sem vacinação e de zona livre de peste suína clássica, investimentos de frigoríficos chegam a R$ 6,6 bilhões
O reconhecimento internacional do Paraná como área livre de febre aftosa sem vacinação completa um ano nesta sexta-feira, 27 de maio. Em 2021, a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) concedeu ao Paraná, por meio da chancela ao bom trabalho de sanidade agropecuária, uma credencial para abrir mercados para as proteínas animais produzidas no Estado, com a possibilidade de comercialização a países que pagam melhor pelo produto.
A conquista é fruto de mais de 50 anos de trabalho e parceria entre iniciativa privada, entidades representativas do agronegócio e governo estadual, tendo em vista os benefícios econômicos que o status pode proporcionar a todo o Estado.
Da mesma forma, a união foi fundamental para a classificação como zona livre de peste suína clássica independente, confirmando o Paraná fora de um grupo atualmente formado por 11 estados, o que garante maior proteção internamente e vantagens sanitárias aos produtores locais no mercado internacional.
Os reflexos dessas duas conquistas já podem ser notados pelo volume de investimentos que indústrias do setor de proteínas animais realizam nas cadeias de suínos, peixes, frangos, leite e pecuária bovina de corte.
Tendo como premissa que a mudança dos olhos do mundo em relação à sanidade bovina também reflete na busca por outras proteínas animais, nos últimos anos, cerca de 30 frigoríficos anunciaram a instalação ou ampliação de unidades no Paraná. Os investimentos já anunciados ou previstos somam aproximadamente R$ 6,6 bilhões em pelo menos 23 municípios, gerando 14 mil empregos diretos.
Para o setor privado, o status garantiu mais segurança para investimentos, analisa o diretor-presidente da Cooperativa Agroindustrial Consolata - Copacol, Valter Pitol. A empresa estabeleceu um projeto de crescimento e já começou a investir. Em Assis Chateaubriand,
o Frigorífico da Frimesa deve iniciar as operações em 2023. O valor investido é de R$ 2,5 bilhões.
Os novos projetos incluem outras proteínas. A Copacol adquiriu o frigorífico da Tilápia Pisces, de Toledo, com investimento de R$ 60 milhões.
Outro exemplo é a BRF, que vai investir R$ 292 milhões em modernização e ampliação de suas unidades no Paraná. Também foi confirmada a retomada da produção de perus em Francisco Beltrão, no Sudoeste do Estado, poucas semanas depois de a planta ter recebido a habilitação para exportar ao México.