Primeiro passo é ter um bom acolhimento
A autônoma Mariana Elias Souto de Oliveira, 20, é uma das gestantes que realiza o pré-natal na UBS (Unidade Básica de Saúde) do Jardim San Izidro (zona leste de Londrina). “Quero ter uma gestação saudável e um parto tranquilo também. Não quero ser surpreendida no final”, diz ela, que está com uma gestação de 27 semanas.
A coordenadora de Saúde da Mulher na Atenção Primária do município de Londrina, Priscila Alexandra Colmiran, explica que no município o pré-natal é oferecido nas unidades de saúde das zonas urbana e rural. As consultas são realizadas tanto pela enfermeira quanto pelo ginecologista ou pelo clínico de saúde da família. Ela afirma que o trabalho diferencial de Londrina em relação a outras partes do País é a intensificação da capacitação dos profissionais envolvidos.
De acordo com ela, o pré-natal não é uma demanda apenas de saúde, mas também sociais, que faz com que a equipe busque apoio em outros instrumentos
como o Cras (Centro de Referência da Assistência Social), em caso de violência doméstica. “Há casos que pedimos apoio para uma pastoral. A gente vai tecendo uma rede de apoio para essa mulher”, exemplifica.
VÍNCULO
A enfermeira responsável pela UBS San Izido, Gisele Silva Amadeu, afirma que o primeiro passo é ter um bom acolhimento. “Você passa a ter vínculo com ela e o conhecimento que a gente tem da paciente torna-se muito importante, porque ela se sente segura”, explica. “Se o teste (de gravidez) der positivo já é agendada a primeira consulta de pré-natal e logo no primeiro atendimento é feita a classificação de risco: habitual, intermediário e alto risco.”
Ela explica que habitual é aquela mãe que não tem problema de saúde e não faz uso de droga, de bebida alcoólica ou de cigarro. O intermediário pode ser tanto um risco social quanto alguma doença genética existente na família que possa afetar a gestação. “E alto risco é aquela gestante que já vem com alguma comorbidade ou que tem um histórico de complicação em gestação anterior”, apontou.