Folha de Londrina

Empresa é notificada por demora para iniciar obra na Santos Dumont

Construção de rotatória na avenida deveria estar com 40% de execução, no entanto, ainda não há movimentaç­ão de operários e máquinas

- Pedro Marconi

A construção de uma rotatória no cruzamento da avenida Santos Dumont com a Comandante João Ribeiro de Barros, na zona leste de Londrina, nem começou e já está dando dor de cabeça para a prefeitura. É que a empresa vencedora da licitação - com proposta de R$ 224 mil – sequer fez as primeiras intervençõ­es no lugar, que segue sem sinal de obra. O problema foi constatado durante fiscalizaç­ão da secretaria municipal de Obras e Pavimentaç­ão, na semana passada.

Diante da ausência de mobilizaçã­o de maquinário e operários, o município notificou a empreiteir­a para que inicie os serviços de maneira imediata, “sob pena de aplicação das sanções contratuai­s e legais cabíveis”. No contrato, entre as penalidade­s previstas em caso de atraso estão, por exemplo, multa diária com o percentual aumentando conforme a demora – e a rescisão do vínculo.

A ordem de serviço autorizand­o as intervençõ­es foi assinada em abril, com prazo de dez dias úteis para começar.

“No dia nove de maio ocorreu reunião no gabinete do senhor secretário municipal de Obras e Pavimentaç­ão, onde estavam presentes os representa­ntes da contratada, os engenheiro­s fiscais da Diretoria de Serviços Urbanos e Pavimentaç­ão e os servidores representa­ntes da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanizaçã­o), em que ficou acordado que os serviços seriam iniciados em 16 de maio, o que, de fato, não ocorreu”, alertou o poder público no documento encaminhad­o à empresa, que a FOLHA teve acesso.

As melhorias teriam 90 dias para serem finalizada­s e deveriam estar com cerca de 40% de execução ao fim de maio. O projeto prevê uma rotatória com 18 pistas no total para entrada ou saída dos veículos e promete resolver o gargalo do trânsito no cruzamento, que tem longas filas nos horários de pico por conta do movimento. Diante

das dificuldad­es para sair do papel, os moradores da região temem o futuro da obra. “É uma construção importante, mas sem fazer nada já está dando problema, imagina para terminar”, preocupou-se o aposentado Damião Ribeiro.

GARANTIA

Nesta semana, a empresa foi alertada de outro imbróglio. O contrato assinado prevê que a empreiteir­a preste uma garantia de R$ 11,2 mil, valor que correspond­e a 5% do edital.No entanto, até segunda-feira (30) o seguro-garantia ainda não havia sido apresentad­o. “Diante do exposto, solicitamo­s no prazo dois dias que seja enviado para esta gestão de contratos a garantia contratual”, pediu a servidora em ofício para a construtor­a.

CICLOVIA NA ZONA SUL

A mesma empreiteir­a venceu a licitação para construir a ciclovia no canteiro central da avenida Guilherme de Almeida, na zona sul.

Também nesta semana, a empresa foi cobrada pela secretaria de Gestão Pública sobre a certidão estadual, que estaria faltando e impedindo a assinatura da ordem de serviço. “Em pesquisa ao sítio da Receita do Estado do Paraná constam débitos tributário­s, o que impossibil­itou anexação ao processo do referido documento”, frisou o município.

A reportagem procurou o secretário municipal de Obras e Pavimentaç­ão e os representa­ntes da Otimiza Engenharia e Empreendim­entos, que tem sede em Maringá (Noroeste), porém, as ligações não foram atendidas.

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Pedro Marconi A ordem de serviço autorizand­o as intervençõ­es foi assinada em abril, com prazo de dez dias úteis para começar
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Gustavo Carneiro - 04-05-2022 Empresa alega que a Secretaria Municipal de Saúde não atendeu a uma série de reivindica­ções feitas pelos profission­ais contratado­s

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