Folha de Londrina

Voto consciente e mudança política

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O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) atualizou os dados sobre eleitores brasileiro­s e o cenário de Londrina mostra que houve cresciment­o de 4,2% do eleitorado local em relação às últimas eleições gerais de 2018. Naquele ano, estavam aptos a votar 372.464 pessoas. Atualmente, segundo o TSE, o número de cadastros é de 388.379. Em 2020, nas eleições para prefeito e vereadores, Londrina tinha 375.072 eleitores aptos ou 13.307 títulos de eleitores a menos que agora em 2022.

A surpresa veio por conta do número de novos registros de jovens que não têm obrigação de votar, aqueles com idade de 16 e 17 anos. O número chegou a 3.069 para outubro de 2022. Já em 2018, nas últimas eleições para presidente, eram 1.607 jovens nessa faixa etária, ou seja, um aumento de 90,4%, bem acima da proporção do eleitorado geral que foi de 4,2%.

No Paraná também cresceu de forma exponencia­l o eleitorado de 16 e 17 anos em 76%. Eram 70.771 em 2018 contra 125.079 neste ano. Já a proporção de eleitores em geral que votam no estado cresceu 3,4% em quatro anos.

A boa adesão da população abaixo de 18 anos ao registro para votar em 2022 se deve, com certeza, a campanhas em redes sociais e nos veículos de comunicaçã­o, realizadas principalm­ente pelo TSE e celebridad­es, chamando os jovens a votar. Foi feito um esforço para divulgar o prazo para regulariza­ção do título, principalm­ente para aqueles que votam pela primeira vez. Neste ano serão escolhidos os próximos presidente, governador (a), senadores , deputados (as) federais e estaduais.

As mulheres aptas a votar continuam sendo maioria, somando 54,37% do total ou 211.177 eleitoras em Londrina. O Paraná segue a proporção com mulheres representa­ndo 52,66% ou 4.346.538 eleitoras contra 47,34% dos homens ou 3.907.757.

Essa curva ascendente de eleitores (tanto com idade abaixo de 18 anos quanto da população em geral) deveria levar a sociedade a refletir mais sobre o papel do voto e a importânci­a do cidadão se envolver mais na vida política do país. Quando convocados, os mais novos atenderam ao chamado rebatendo a velha ideia de uma juventude alienada. Fato bastante positivo. Espera-se, agora, que os debates não fiquem limitados ao ambiente das redes sociais, mas que os eleitores, independen­te da idade, busquem informaçõe­s sobre as demandas da comunidade onde vivem e conheçam os candidatos que melhor representa­m suas ideias e anseios.

Em outras palavras, que votem com consciênci­a, de forma conectada com a realidade que ele espera do país e do estado, lembrando que ao votar, o eleitor dá ao político uma carta autorizand­o-o a agir em seu nome.

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