Folha de Londrina

A temporada da feijoada chegou

- Por Fábio Luporini

Já começou a temporada de feijoada, né? O friozinho é um indício, muito embora o brasileiro também consuma esse prato típico em dias mais quentes. O importante é não faltar nenhum acompanham­ento, desde couve, laranja em fatias, farofa, farinha e torresmo. E, obviamente, ter tudo a que se tem direito: feijão preto, linguiça calabresa, paio, lombo de porco, costela suína, carne seca, pé, rabo, máscara e orelha suínas. De fins de maio até início de agosto, diversos restaurant­es e igrejas incluem no cardápio e no calendário essa iguaria brasileira.

Igrejas? Sim! As comunidade­s preparam grandes panelões de feijoada e vendem em potes, normalment­e, para os almoços de domingo. Eu já garanti o meu, em uma dessas promoções. Entretanto, ao que parece, as pessoas também devem preparar o prato em casa: pesquisa do frigorífic­o Rainha Alimentos projeta aumento de 30% nas vendas de ingredient­es típicos, como linguiça calabresa, bacon, costelinha defumada e carnes com pele. Também, pudera! Nesse pós-pandemia, além dos restaurant­es esperarem movimento maior e além das igrejas voltarem a preparar a feijoada, as famílias também estão se reunindo mais.

E a feijoada é um prato que não pode faltar de maneira alguma. Em 2021, uma pesquisa do Instituto Ipsos e do Datafolha, encomendad­a pelo 99 Food, mostrou que os clientes de delivery têm o costume de consumir pratos típicos de cada região. E, em âmbito nacional, a feijoada foi a mais lembrada pelos entrevista­dos brasileiro­s, chegando a 13%.

Ou seja, o prato típico que já é regra na mesa do brasileiro, que figura entre os preferidos no cardápio dos restaurant­es, que é destaque na programaçã­o das igrejas, agora também é queridinho nos apps de delivery. Só no ano passado, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­a (IBGE), o consumo per capita de carne de porco chegou a 17,7 kg, um a mais por habitante em relação ao ano anterior.

Obviamente, eu jamais posso me esquecer da feijoada da comadre Rose, que prepara o prato como ninguém! Vai um fim de semana inteiro para cozinhar tudo e outro para degustar! No caso, a gente acompanha tudo com bons vinhos. O compadre Faustino sempre faz uma seleção que inclui o português Portada e um algum malbec argentino. Dada a natureza pesada da feijoada, é preciso harmonizar com vinhos mais encorpados. Mas, também não pode faltar uma boa cervejinha, um chopp delícia (sugestão do Amadeus) e, quem sabe, umas boas caipirinha­s de limão? Aí não tem mais brasilidad­e que isso!

Fábio Luporini é jornalista. Escreve na edição de sexta-feira.

Os artigos publicados não refletem, necessaria­mente, a opinião da Folha de Londrina.

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