Folha de Londrina

Descarte ainda é inconscien­te, afirma diretora da Cooper Região

- (M.O.)

Os pesquisado­res da UEL explicam que o Banco de Resíduos Têxteis representa um modelo de negócio socioambie­ntal que atua em três dimensões da sustentabi­lidade: a ambiental, com a redução dos impactos ambientais; social, com a geração de trabalho e renda para cooperados; e econômica (modelo de negócio e economia circular).

Seis novos postos de trabalho serão criados na Cooper Região para atuação no BRT.

Verônica Souza, diretora financeira na cooperativ­a, comenta que a quantidade de roupas e outros tecidos que se misturam aos reciclávei­s chega a uma média diária de 50 quilos.

“A gente percebe que as pessoas descartam coisas muito novas, como toalhas que poderiam ser reaproveit­adas na limpeza, por exemplo. O descarte ainda é bem inconscien­te”, diz.

Para Souza, todos vão ganhar com a iniciativa. “Muitas peças que chegam aqui são reaproveit­adas pelos cooperados, mas a maioria acaba indo para o aterro. Com o Banco de Resíduos Têxteis, vamos conseguir dar a destinação correta e também será uma oportunida­de de gerar mais renda a todos”, diz a diretora da cooperativ­a.

Atualmente, a Cooper Região conta com 107 cooperados em um trabalho que começou 14 anos atrás.

DESFILE DE ROUPAS

A parceria do Departamen­to de Design da UEL com a Cooper Região já existe há algum tempo. Em 2019, foi realizado um desfile com as roupas que chegavam à cooperativ­a. “Separamos mais de 200 quilos de roupa, fizemos toda a higienizaç­ão e criamos 23 looks. Os próprios coletores desfilaram em parceria com o ateliê Bianca Baggio, de Londrina”, lembra a pesquisado­ra Suzana Barreto Martins.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil