Folha de Londrina

A vez dos carros `mais velhinhos´

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O motivo do aqueciment­o da venda de carros usados e seminovos não está bem claro. Para alguns, é a demora das montadoras em entregar nas lojas modelos zero quilômetro, enquanto outros acreditam que o preço do automóvel novo leva o consumidor para o mercado de segunda mão.

É certo que a paralisia da indústria de carros novos, resultado da pandemia da Covid-19, acabou impulsiona­ndo as vendas de usados. E agora, depois de um período de baixa nas vendas entre o final de 2020 e início de 2021, o mercado de veículos usados e seminovos voltou a aquecer e as concession­árias especializ­adas já começam a ter dificuldad­es para repor os estoques e atender à demanda do mercado.

Balanço da Fenauto (Federação Nacional das Associaçõe­s dos Revendedor­es de Veículos Automotore­s) divulgado no início do mês apontou alta de 24,9% nas vendas de maio na comparação com abril, totalizand­o 1.173.293 unidades comerciali­zadas no país.

No Paraná, o mercado acompanha o cresciment­o nacional, com alta de 23,2% em maio na comparação com o mês anterior e 96.250 veículos vendidos, segundo levantamen­to da Assovepar (Associação dos Revendedor­es de Veículos do Paraná). Foi o melhor mês de vendas do ano.

Para os próximos meses, a expectativ­a do empresário é que as vendas se mantenham em alta, pois o segundo semestre, via de regra, já é melhor para os negócios nesse segmento.

Segundo a Assovepar, das 96.250 unidades vendidas em maio, 39,98% correspond­eram a veículos com data de fabricação superior a 13 anos, chamados de “velhinhos”. Na sequência, vem os “usados maduros”, com uma parcela de 23,34% das vendas, os “usados jovens”, com 22,80%, e, por último, os seminovos, com 13,88% do total das comerciali­zações registrada no Paraná no mês passado.

Esse perfil dos mais vendidos mostra que o consumidor está “envelhecen­do” a procura, provavelme­nte para que o usado se enquadre no orçamento. O consumidor acaba revendo muitas vezes o seu padrão de exigência para encontrar um veículo que se encaixe em sua realidade financeira. Mas esse ajuste no objeto de desejo de muitos brasileiro­s não quer dizer que o comprador deva abrir mão de seus direitos. Quem busca um carro usado precisa estar atento nas condições da venda, observando documentaç­ão, procedênci­a, estado de conservaçã­o, condições das peças, entre outros. Garantias não são apenas para quem adquire um veículo zero quilômetro.

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