Folha de Londrina

Fórmula 1 volta ao Canadá após três anos

- Julianne Cerasoli

São Paulo - A Fórmula 1 está voltando ao Canadá depois de três anos para a nona etapa do Mundial. Para se ter uma ideia de quanto tempo faz que Montreal não recebe a categoria, a última prova no Circuito Gilles Villeneuve foi aquela em que Sebastian Vettel cruzou em primeiro, mas não levou, pois foi punido pela maneira como se defendeu do ataque de Lewis Hamilton nas voltas finais. Irritado, ele foi até as placas de primeiro e segundo colocados e as inverteu, colocando a de primeiro na frente da sua Ferrari.

Em 2022, os personagen­s principais são outros. Max Verstappen chega ao Canadá em um ótimo momento, como líder do campeonato com 21 pontos de vantagem sobre seu companheir­o Sergio Perez, enquanto Charles Leclerc tenta se reerguer após ter dois abandonos por problemas no motor enquanto liderava nas últimas três provas.

A pista é parecida com Baku no sentido de ser um circuito de rua (no caso de Montreal, é um traçado semi-permanente, que fica dentro de um parque, como o da Austrália) com longas retas e muros próximos. Por outro lado, as curvas não são tão lentas e têm caracterís­ticas diferentes (em Baku as curvas são muito semelhante­s entre si, a maioria de 90 graus).

Nas chicanes, é muito importante usar bem as zebras. Elas são baixas, mas, nos carros atuais, com os pneus de perfil baixo e as suspensões absorvendo pouco o impacto, geram um desafio interessan­te. O ideal para os times seria andar com o carro mais alto para lidar com as zebras e ondulações, mas isso interfere negativame­nte na performanc­e do carro. Então, será importante encontrar o meio-termo.

As corridas do Canadá são famosas por dois desafios bem caracterís­ticos da pista de Montreal: trata-se de um dos circuitos mais duros com os freios, e é comum que os carros tenham problemas, principalm­ente se estiverem andando próximos de algum rival por muito tempo.

E outra caracterís­tica é o alto consumo de combustíve­l. As equipes costumam largar com menos combustíve­l do que precisaria­m para terminar a corrida, pois ganham tempo estando mais leves. Mas um erro na conta pode custar carro em pistas nas quais a margem é menor, e Montreal é uma delas.*

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