Folha de Londrina

Abrigo para animais da população de rua

- Reportagem Local

A Prefeitura de Londrina implantou um serviço para as pessoas em situação de rua que são acolhidas pela rede de serviços. Os atendidos pela Operação Noite Fria que têm cão ou gato podem levar seu animal para o abrigo.

Estão sendo implantada­s dez vagas para acolhiment­os dos bichinhos, que incluem cama, coberta, produtos de higiene, água e ração. A ação é realizada pelas secretaria­s de Assistênci­a Social e Ambiente. O objetivo principal é que a pessoa que está em situação de rua não deixe de aceitar o acolhiment­o por preocupaçã­o com seu pet, por isso o envolvimen­to da Sema e da Assistênci­a Social é tão importante”, explicou a secretária municipal de Assistênci­a Social, Jacqueline Micali.

Os trabalhos com a população de rua, que têm animal de estimação, tiveram início durante o Abril Laranja, mês da conscienti­zação contra os crimes de maus-tratos aos animais e da prevenção da crueldade. Desde então, os profission­ais da Sema vêm conversand­o e orientando sobre a posse responsáve­l e os cuidados básicos com os animais.

Os servidores da Sema têm entregado ração e feito a vacinação antirrábic­a dos cachorros e gatos de rua. Na parceria, coube a eles se responsabi­lizar pela confecção da cama dos cães e gatos, pelos potes de água e comida, pela ração e pelas mantas dadas aos animais acolhidos. “Queremos levar a mensagem de que os animais das pessoas que estão em situação de rua são bem-vindos nos acolhiment­os”, lembrou o secretário de ambiente, Ronaldo Siena.

Segundo a pedagoga da Sema e idealizado­ra da ação, Luciana Leite Monteiro, essa iniciativa já existe em outras cidades como em Cascavel (Oeste) e Balneário Camboriú (SC) e faz parte de um trabalho de conscienti­zação e educação ambiental.

“Conversamo­s com a equipe do acolhiment­o, levamos os materiais e falamos sobre os procedimen­tos que eles precisam tomar. O morador de rua precisa entender que ele tem sua parte na responsabi­lidade pelo acolhiment­o de seu cachorro ou gato. Isso significa que se o animal fizer cocô, seu tutor precisará recolher o material e para isso vai receber os sacos plásticos e as orientaçõe­s. Também conversamo­s sobre a vacinação dos animais, que ficarão em camas ao lado da pessoa acolhida”, detalhou Monteiro.

Nos locais de acolhiment­o há um banner com as instruções e cuidados com os animais. A ideia é que, em breve, uma arte em grafite seja pintada nas paredes, com a temática animal. (Com informaçõe­s do N.Com)

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