Folha de Londrina

Parmegiana é bom demais, não importa de onde venha!

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Eu não sabia e ainda não entendi porque há tantas incertezas e incongruên­cias sobre o filé à parmegiana. A única certeza que eu sei é que ele é delicioso. No início da semana, tive a oportunida­de de degustar um baita filé de frango à parmegiana, em Curitiba, num daqueles restaurant­es da praça de alimentaçã­o do Park Shopping Barigui. Eu e minha tia Mara Binhame ficamos impression­ados com a qualidade e com o tanto que o prato era bem servido! Valeu a pena e me despertou algumas das mais gostosas e saborosas memórias afetivas.

Desde criança o bife à parmegiana é frequente no cardápio lá de casa, da família como um todo. Então, para mim, sempre foi muito natural degustar uma carne empanada com queijo por cima e bastante molho vermelho. Até escrever esse texto, no entanto, eu nem imaginava que esse prato tão difundido na culinária brasileira é quase um filho com muitos pais. Uns dizem que quem o inventou provavelme­nte era um imigrante italiano em São Paulo. Outros, categorica­mente, afirmam que a iguaria vem de Parma, na Itália, tal qual o presunto.

Também existem relatos de que o escritor italiano Pietro Verri, já em 1148, no livro “Storia di Milano”, faz referência a um almoço realizado na Basílica de Santo Ambrósio que continha no cardápio costeletas de vitela empanadas. Talvez fosse o embrião do parmegiana. Ou ainda é possível percorrer a terra nostra e encontrar a berinjela à parmegiana, que eu, particular­mente, nunca experiment­ei, mas, que deve fazer sucesso entre os que não comem carne.

Em Londrina, estamos bem servidos nesse aspecto. O restaurant­e Folha D’Ouro, que se localiza no Mercadão da Prochet, prepara um prato de matar a fome de duas ou três pessoas, sob o comando do chef Everton Nascimento. Assim também é no Barô Bistrô, onde o chef Olinto Lemos capricha na iguaria. Aliás, faz tempo que não dou um pulo lá para matar a saudade da gastronomi­a que eles fazem. E não podemos nos esquecer do saudoso parmegiana do restaurant­e Rodeio, que ficava ali no Calçadão, próximo à Catedral.

Esse era, sem dúvida, um dos mais famosos!

Mas, se tua vontade for degustar um parmegiana, é só abrir os aplicativo­s de delivery e pesquisar, porque é um prato que não falta. Se quiser, algumas dicas, ligue ou vá até restaurant­es como o Empório Araçá, Pastel Mel, La Pasta Gialla, Rosso Pomodoro e até o Kiberama, referência de comida árabe. Não preciso nem dizer que se tiver um vinho tinto, a degustação fica melhor ainda, né? E uma boa companhia, também!

Fábio Luporini é jornalista. Escreve na edição de sexta-feira.

Os artigos publicados não refletem, necessaria­mente, a opinião da Folha de Londrina.

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