União Brasil já avalia lançar ex-ministro na disputa pelo governo do Estado
O União Brasil já discute internamente a possibilidade de lançar o nome do ex-ministro Sergio Moro na disputa pelo governo do Estado. O jornal Folha de S. Paulo publicou na edição de sexta-feira (24) que a corrida pelo Palácio Iguaçu entrou no radar de Moro e do partido após uma onda de derrotas nos planos do ex-juiz para a eleição de 2022.
Ainda conforme a reportagem, o estafe do ex-ministro denominou de República do Paraná o plano de ações voltadas ao Estado que Moro deve defender na campanha. Aliados dizem que a iniciativa não deve ser interpretada como um pré-anúncio da decisão do exjuiz pela candidatura ao Executivo estadual.
“O plano pode servir também em caso de uma candidatura ao Senado, por exemplo”, disse o presidente do União Brasil no Paraná, deputado Felipe Francischini.
A apresentação de um plano de governo, porém, é uma tarefa tradicionalmente associada a campanhas por cargos do Executivo.
A sigla encomendou uma pesquisa para mapear a avaliação de Moro no estado. Os números vão dar o rumo a ser tomado na campanha do exministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PL).
Segundo pessoas próximas a ele, o projeto de lançar Moro ao governo do estado - pelo menos, por enquanto - é mais uma intenção do partido do que um plano do ex-juiz. Mas aliados acreditam que, ao longo da précampanha, o nome dele poderá se fortalecer na corrida pelo Palácio Iguaçu.
Dados preliminares da pesquisa apontam que Moro tem mais força nos grandes centros urbanos do estado e não está mal avaliado nas pequenas cidades.
A ala bolsonarista da União Brasil no Paraná tentou barrar a candidatura de Moro pelo partido, mas o presidente da sigla garantiu que o ex-juiz tem lugar garantido na eleição deste ano.
Felipe Francischini minimizou as resistências ao ex-ministro de Bolsonaro na sigla.
“A questão do Moro foi muito recente [a decisão do TRE de São Paulo]. Não houve uma conversa ainda [com o presidente Bolsonaro]. Mas acredito que não haverá problema. Essa é uma questão interna do partido. Vai ser um diálogo entre União Brasil nacional com União Brasil do Paraná”, afirmou o deputado federal. (Com Folhapress)