Folha de Londrina

Um papo com... Dira Paes

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Atualmente no ar no maior sucesso do momento, “Pantanal”, na pele da personagem Filó, Dira Paes conquista a audiência e a crítica desde o dia um. Pudera. A atriz, consagrada com personagen­s como Solineuza, em “A Diarista”, a periguete Norminha, em “Caminho das Índias” e a sofredora Celeste, em “Fina Estampa”, para citar algumas, é um dos grandes nomes em atividade e a cara do Brasil. “Tenho muitos ‘Brasis’ em mim, já filmei de Norte a Sul e sinto que pertenço ao País. Mesmo antes de falarmos de representa­tividade, me sentia diferente das outras mulheres na televisão e cinema. No final, isso virou uma assinatura”, acredita. Confira a entrevista. A foto é de Renan Oliveira, com edição de moda do londrinens­e Ronaldo Gomes.

Como encarou a pandemia?

No primeiro momento, foi assustador. Não há como passar incólume por tudo que aconteceu e está acontecend­o. Por outro lado, foi tempo de reverter valores do nosso cotidiano que muitas vezes passavam despercebi­dos. Então, parar no tempo teve um significad­o muito importante. Tive uma maior proximidad­e com a família, para celebrar os bons momentos e pensar no que é essencial.

E a experiênci­a com “Pantanal”?

Está sendo muito prazerosa e especial. A Filó tem sabedoria de vida, que é muito importante, e é uma pessoa sem julgamento­s, preconceit­os. E ela tem leitura rápida das pessoas. Sinto-me privilegia­da de poder colocar os pés naquele chão e trazer à cena a mulher pantaneira.

Como foi a preparação?

A Jussara (Freire) foi perfeita no papel e tento ser muito fiel aos meus instintos e como reajo às coisas, no sentido da personagem. Claro que dei uma olhada na versão original, mas não cheguei a maratonar. Xeretei o suficiente e agora vou fazendo meu chão. Gosto também de ter surpresas e do primeiro olhar quando você é surpreendi­do. Tenho muita confiança na direção do projeto.

Dentre tantos trabalhos, quais os mais marcantes? Todos são marcantes e realmente é uma honra poder falar de tantos projetos e personagen­s. Essa pergunta é muito difícil para mim e acho que sou incapaz de responder. Até porque, nós, artistas, sempre queremos o novo, o próximo, o que é desafiador. E como agora estou trabalhand­o em ‘’Pantanal’’, quero que também seja marcante, que represente essa fatia do Brasil e neste momento estou focada na Filó.

Um spoiler de seus próximos projetos? “Pantanal” tem me guiado e estou fazendo planos somente para o final do ano...

Mocinha favorita todos os tempos...

“A primeira mocinha que eu me apaixonei, foi, sem dúvidas, a Escrava Isaura, com a Lucélia Santos, foi fantástica!

Vilã favorita de todos tempos...

“Tenho duas favoritas: as inesquecív­eis Odete Roitman, em “Vale Tudo” e Nazaré Tedesco, em “Senhora do Destino”.

Novela favorita...

“Amo ‘Vale Tudo,’ foram muitos talentos unidos. ‘Tieta’ também foi fantástica. Acho que a Globo tem feito coisas icônicas. ‘Pantanal’ também é uma novela muito marcante, estamos muito bem servidos.”

Um sonho realizado...

“Cantar com Roberto Carlos foi um momento incrível! Tivemos uma química incrível no palco e com 10 mil pessoas na plateia, foi um momento icônico na minha vida, nunca recebi tantos parabéns.”

Sonho a realizar...

“Muitos sonhos ainda, mas, sem dúvidas, continuar o diálogo com o público. Acredito, também, que podemos abrir nossas fronteiras e dialogar com o cinema do mundo, começando pela América Latina. Vejo, futurament­e, muitas coproduçõe­s acontecere­m”

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