Ex-aliados, Alvaro e Moro ‘polarizam’ corrida ao Senado
Com a previsão de analistas de uma disputa ao Palácio Iguaçu sem grandes reviravoltas, a corrida pela única cadeira ao Senado no Paraná em 2022 está mais acirrada e com resultado mais incerto do que o esperado após apuração dos votos. O senador Alvaro Dias (Podemos), que tenta a reeleição, tem como principal adversário neste domingo (2) o exjuiz federal Sergio Moro (União Brasil). Apesar da polarização entre os dois candidatos, há outros nomes que despontam, mas menos conhecidos do eleitorado de todo o Estado, como do deputado Paulo Martins (PL), que tem o apoio declarado do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Antigos aliados em torno do tema “Lava Jato”, Alvaro e Moro passaram a rivalizar a preferência do mesmo eleitor, inclusive com troca de ataques nos programas eleitorais. Isso porque o ex-juiz não conseguiu viabilizar a candidatura ao Senado por São Paulo, após decisão da Justiça Eleitoral. Em 2021, Moro havia percorrido estados e municípios junto com Alvaro Dias na tentativa de disputar a presidência pelo Podemos, e no início do ano o ex-ministro de Bolsonaro migrou para o União Brasil.
A campanha acirrada também levou os partidos a empregarem recursos consideráveis nas campanhas. Alvaro Dias declarou mais de R$ 3,39 milhões em despesas, Moro gastou R$ 3,27 milhões e Martins investiu R$ 1,54 milhão até a primeira prestação de contas. O teto de gastos é estipulado em R$ 4,4 milhões.
Se reeleito em 2022, Alvaro irá para seu quarto mandato consecutivo. O candidato do Podemos está no Senado desde 1998. Já o extitular da Lava Jato está na sua primeira disputa a cargo eletivo desde que deixou a magistratura para assumir o Ministério da Justiça no governo Bolsonaro em 2018.