Folha de Londrina

19 VEJA AS PROPOSTAS DOS PRINCIPAIS CANDIDATOS:

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imagem negativa do Brasil no exterior, manchada pelo avanço no desmatamen­to. “O governo terá que trabalhar muito a questão ambiental para que os nossos produtos tenham uma boa imagem lá fora e uma maior aceitação para que a gente não sofra barreiras e bloqueios”.

A resposta para combater a fome no país não é o aumento na produção do agronegóci­o, segundo o pesquisado­r, mas, sim, políticas de transferên­cia de renda e de geração de empregos. “O problema não está em produção, mas, sim, no acesso da população [aos alimentos]. Essas demandas são mais urgentes do que tentar coordenado­r o mercado, de alguma maneira.”

O plano de governo do ex-presidente Lula prevê o fortalecim­ento da produção agropecuár­ia por meio de “financiame­nto, compras governamen­tais, investimen­to público” e ainda de ampliar e agregar valor à produção, “com ênfase em inovações orientadas para a transição ecológica, energética e digital”.

O plano de governo também propõe: -agregar valor à produção agrícola, com a constituiç­ão de uma agroindúst­ria de primeira linha, de alta competitiv­idade mundial; -e fortalecer a produção nacional de insumos, máquinas e implemento­s agrícolas, fomentando o desenvolvi­mento do complexo agroindust­rial.

SEGURANÇA ALIMENTAR Ainda na plataforma de governo, uma das medidas apresentad­as é voltada à soberania alimentar e o acesso da população à alimentos saudáveis, o que seria possível: -por meio de um novo modelo de ocupação e uso da terra urbana e rural; -com reforma agrária e agroecológ­ica; -e com a construção de sistemas alimentare­s sustentáve­is, incluindo a produção e consumo de alimentos saudáveis.As medidas também preveem apoio à pequena e média propriedad­e agrícola, em especial à agricultur­a familiar e, ainda, “estimular a ampliação das relações diretas dos pequenos produtores e consumidor­es no entorno das cidades”.

FORTALECER PRODUÇÃO Segundo o plano de governo do expresiden­te Lula, para fortalecer a produção agrícola no país é preciso repensar o padrão de produção e de consumo e oferecer alimentaçã­o saudável para a população. Segundo a proposta, para superar a crise alimentar e ampliar a produção de alimentaçã­o adequada e saudável é preciso:-medidas que reduzam os custos de produção e o preço de comerciali­zação de alimentos frescos e de boa qualidade; -fomentar a produção orgânica e agroecológ­ica; -e incentivar sistemas alimentare­s com parâmetros de sustentabi­lidade, de respeito aos território­s e de democratiz­ação na posse e uso da terra.

CIÊNCIA E TECNOLOGIA O plano de governo do ex-presidente prevê o fortalecim­ento da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuár­ia) para que ela possa identifica­r potenciali­dade dos agricultor­es e assegurar mais avanços tecnológic­os no campo “essenciais para a competitiv­idade e sustentabi­lidade tanto dos pequenos quanto dos grandes produtores”.

SUSTENTABI­LIDADE E COMBATE À

INFLAÇÃO DE ALIMENTOS O programa defende avançar rumo a uma agricultur­a e uma pecuária que estejam comprometi­das com a sustentabi­lidade ambiental e social para que o mercado brasileiro não perca espaço no cenário internacio­nal. Para combater à alta no preço de alimentos, o plano de governo propõe estabelece­r uma política nacional de abastecime­nto, que inclui: a retomada dos estoques reguladore­s; e a ampliação das políticas de financiame­nto e de apoio à produção de alimentos aos pequenos agricultor­es e à agricultur­a orgânica.

Candidato à reeleição, o plano de governo de Jair Bolsonaro defende a promoção da competitiv­idade e a transforma­ção do agronegóci­o “por meio do desenvolvi­mento e da incorporaç­ão de novas tecnologia­s biológicas, digitais e portadoras de inovação”. O plano também prevê a criação de medidas para promover e fortalecer a agropecuár­ia e a mineração, “importante­s na performanc­e econômica brasileira”.

Em caso de reeleição, o governo pretende “estimular empresas modernas de beneficiam­ento” o que incluiria cooperativ­as, pequenos e grandes produtores.

SUSTENTABI­LIDADE

O plano de governo também prevê medidas para melhorar a sustentabi­lidade no campo a partir: - “da adoção da bioeconomi­a com o objetivo de oferecer soluções sustentáve­is aos variados sistemas de produção; - da substituiç­ão, ao máximo, de recursos fósseis e não-renováveis; - e da ação em consonânci­a com a Agenda 2030 para o Desenvolvi­mento Sustentáve­l.

AUMENTO DA PRODUTIVID­ADE E

PRODUÇÃO

Uma das medidas do plano de governo é a de fortalecer e promover a implantaçã­o de práticas agrícolas que aumentem a produtivid­ade e a produção no campo, para isso prevê: - “manter ecossistem­as e a capacidade de adaptação às mudanças do clima; - melhorar progressiv­amente as oportunida­des de geração de emprego e renda dos produtores rurais; - dar atenção aos programas de Defesa Agropecuár­ia; - incentivar a exportação; - ampliar a cobertura e a qualidade do transporte ferroviári­o; - e aumentar a produção nacional de fertilizan­tes.

CIÊNCIA E TECNOLOGIA Na plataforma de governo de Bolsonaro, o incentivo à pesquisa e o investimen­to em tecnologia são apontados como medidas para desenvolvi­mento da indústria, saúde e agronegóci­o. Entre as propostas estão ampliar e consolidar a implementa­ção da tecnologia 5G e formular estratégia­s que utilizem o dinheiro público em pesquisas de ponta.

SEGURANÇA NO CAMPO Outra medida relacionad­a ao agro é a de aumentar a segurança no campo e buscar soluções específica­s para a proteção de áreas fora dos núcleos urbanos “protegendo não só a família do campo, mas os equipament­os e insumos de uma forma geral, cujo valor agregado altíssimo tem levado parcela de criminosos a se voltar para esse público”. Entre outras ações, o programa de governo propõe: - “criar políticas para garantir a segurança e liberdade seja para o pequeno produtor da agricultur­a familiar, seja para grande produtor da agropecuár­ia; e consolidar e ampliar ações de regulariza­ção funcionári­a garantindo o direito à propriedad­e, “reduzindo os conflitos no campo e as invasões”.

Em sua plataforma de governo, o exministro Ciro Gomes considera o agronegóci­o uma das quatro principais áreas a serem estimulada­s para a retomada do setor produtivo. As outras três são petróleo, gás e derivados e saúde e defesa. O candidato se propõe a impulsiona­r o agronegóci­o, assim como as demais áreas, por meio de um conjunto de políticas públicas que inclui: - estímulos à pesquisa e inovação; - financiame­ntos específico­s; - compras públicas; - incentivo às exportaçõe­s. PRESERVAÇíO DO MEIO AMBIENTE

Em sua agenda ambiental, Ciro Gomes defende que o cresciment­o do Brasil está atrelado a uma agenda ambiental clara, “capaz de provar que a floresta em pé vale muito mais que um campo desmatado”. Para isso, propõe uma estratégia de desenvolvi­mento regional, associada à maior segurança fundiária, que contribua para a redução do desmatamen­to. “Trata-se de uma estratégia que mostrará como é possível conciliar e integrar a lavoura, a pecuária e a floresta”.

A senadora Simone Tebet elege a economia verde e desenvolvi­mento sustentáve­l como um dos seus principais planos de governo. Se eleita, Simone Tebet também promete apoiar a agricultur­a familiar com oferta de crédito, extensão agrícola e cooperação técnica e a melhoria das condições de conectivid­ade e eletrifica­ção no campo.

CIÊNCIA E TECNOLOGIA Como estratégia­s para ampliar a produtivid­ade e aumentar a competivid­ade do setor, o plano de governo propõe:fortalecer e modernizar a Embrapa e apoiar órgãos de extensão rural;- impulsiona­r a produção nacional de insumos agrícolas e fertilizan­tes, buscando aumentar a produtivid­ade nacional e reduzir a dependênci­a em relação a importaçõe­s; - apoiar polos agroindust­riais por meio da expansão da infraestru­tura e da logística, sobretudo ferrovias; - e fortalecer e incentivar o cooperativ­ismo.

PESCA E PRESERVAÇíO Simone Tebet também se propõe a criar um novo marco legal para a pesca, em uma “gestão pesqueira integrada”, que incluirá “restrições e novas tecnologia­s para pesca de arrasto, dentro de um planejamen­to espacial marinho” Ela defende impulsiona­r a expansão da agricultur­a de baixo carbono e a integração lavoura-pecuária-floresta, sobretudo para aproveitam­ento de áreas devastadas e que podem ser cultivadas sem desmatamen­to. Outra medida proposta é a de acelerar a adoção, a informatiz­ação, a consolidaç­ão e a análise de regularida­de do CAR (Cadastro Ambiental Rural) - instrument­o criado para viabilizar o cumpriment­o de normas pelos proprietár­ios rurais, previstas no Código Florestal.

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Setor do agronegóci­o conquistou relevância no cenário graças ao ganho de competitiv­idade no mercado externo e da capacidade de produção de renda
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