A eleição mais acirrada mesmo
As eleições mais acirradas desde a redemocratização fez jus ao título. A disputa nas primeiras horas de apuração para o cargo de presidente deixou apreensivos bolsonaristas e lulistas de olho nas telas do celular, computador e da televisão.
Quando a apuração começou às 17 horas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) saiu na frente. Às 20 horas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou para a liderança, quando o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) havia apurado 70% das urnas. Do começo ao final da contagem dos votos, a população dividida entre os dois primeiros colocados, acompanhou o desenrolar da contagem com o “coração nas mãos.”
Em âmbito estadual, para nós, paranaenses, não houve surpresa quanto a vitória de Ratinho Junior para governador. O que não se pode dizer para o cargo de senador. O ex-juiz federal, Sergio Moro, que aparecia em segundo nas pesquisas de intenção de votos, abocanhou a maior fatia dos votos dos paranaenses. O colega da Operação Lava Jato, o ex-procurador Deltan Dallagnol confirmou o favoritismo e chegará ao congresso como o campeão de votos do Paraná. A dobradinha mostra que a operação comandada pelo Ministério Público Federal deixou marcas fortes entre os paranaenses.
E assim chega segunda-feira (3), dia seguinte do pleito, exigindo muitas reflexões. Podemos falar dos problemas comuns de toda eleição em um país continental: filas imensas nas seções eleitorais, longos período de espera para votar, derramamento de santinhos nas ruas. Podemos falar sobre desmanche de fake news nas redes sociais e grupos de WhatsApp que perdurou todo o processo, incluindo no dia da votação.
Mas devemos mesmo falar é sobre o grande interesse dos brasileiros por esta eleição que ficou evidente no alto comparecimento às urnas. Certamente, mostra confiança no sistema e a força da democracia. E mostra o desejo de participar da vida política do País. Sem falar na apuração rápida, que mais uma vez comprova a competência do sistema eleitoral.
A eleição presidencial vai para segundo turno, o que dá fôlego para o bolsonarismo partir para a campanha com mais garra, pois Bolsonaro saiu de uma situação desfavorável nas pesquisas para uma largada equilibrada.
Começa o segundo turno. Que seja de paz!
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