‘Lava Jato renasceu das urnas’, afirma Dallagnol, o mais votado
Com 236.821 votos, Alexandre Cury (PSD) garantiu a sua reeleição e chega ao fim da corrida eleitoral como o candidato mais votado na disputa pela Assembleia Legislativa do Paraná. “Foi uma eleição diferente. Há quatro anos, tive uma expressiva votação, mas por onde eu andava no Paraná existia um discurso de renovação, de mudança. E essa renovação se concretizou. Nomes que a gente não conhecia apareceram dentro da Assembleia e essa eleição foi uma eleição de uma grande participação”, analisou o parlamentar.
Cury destacou a campanha de seu partido, que teve nove nomes entre os mais votados. “A expectativa é que o governador (Ratinho Junior, reeleito no primeiro turno) saia com mais de 35 deputados na sua coligação. Ele tem entre 38 e 40 deputados e vai manter essa governabilidade.” O PSD angariou 15 cadeiras no legislativo estadual.
O
O MAIS VOTADO CÂMARA FEDERAL
deputado
Filipe
Barros (PL) foi o terceiro mais votado para a Câmara Federal, com 249.507 votos, e comemorou a reeleição agradecendo aos eleitores. “Agradeço a Deus em primeiro lugar e aos quase 250 mil paranaenses que confiaram em nós para continuarmos trabalhando por mais quatro anos por Londrina e pelo Paraná. Esta votação aumenta ainda mais a nossa responsabilidade e reafirmo o meu compromisso de lutar todos os dias pelo Paraná e, principalmente, por Londrina e região metropolitana”, afirmou.
Quem também conseguiu a reeleição foi Luisa Canziani (PSD), que teve 74.643 votos. “Estou muito feliz e grata por ser reconduzida à Câmara Federal para continuar o nosso trabalho pela educação, inclusão e pela inovação. E principalmente, levantar a bandeira de Londrina em busca de recursos, projetos e oportunidades para a nossa cidade para aqueles que mais precisam”, ressaltou. Outro deputado reeleito da região de Londrina foi Diego Garcia (Republicanos).
Curitiba - Com mais de 340 mil votos, o ex-procurador da República Deltan Dallagnol (Podemos) foi o deputado federal mais votado no Paraná. Ele ganhou notoriedade por coordenar no Estado a Operação Lava Jato, que investigou o esquema de corrupção e lavagem de dinheiro incrustrado na Petrobras. “O povo está dando um grande recado, a Lava Jato renasceu e não foi das cinzas, foi das urnas. Os corruptos não vencerão”, discursou após a vitória na noite deste domingo (2) na sede do TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral).
Segundo Dallagnol, seu trabalho na Câmara dos Deputados será pautado pelo combate à corrupção, que foi sua principal bandeira de campanha. “Está se encerrando uma corrida de 100 metros rasos, mas estamos encaminhando para uma grande maratona”, disse, ao anunciar que pretende entrar na campanha de Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno contra o ex-presidente Lula (PT). “Se Lula for eleito, seremos uma oposição qualificada, uma oposição contra o que o governo dele representou com Mensalão e Petrolão.”
Questionado como ele avalia o combate à corrupção no governo Bolsonaro, Dallagnol disse que tem ressalvas, mas alegou que a pior coisa que “poderá ocorrer ao Brasil, na minha perspectiva, é a volta de Lula e do PT”.
Dallagnol teve uma campanha marcada por batalhas judiciais. Mas, segundo ele, o questionamento sobre o registro de sua candidatura não o preocupa. “Estou plenamente elegível e quero representar os paranaenses.”