Folha de Londrina

‘Lava Jato renasceu das urnas’, afirma Dallagnol, o mais votado

- Guilherme Marconi

Com 236.821 votos, Alexandre Cury (PSD) garantiu a sua reeleição e chega ao fim da corrida eleitoral como o candidato mais votado na disputa pela Assembleia Legislativ­a do Paraná. “Foi uma eleição diferente. Há quatro anos, tive uma expressiva votação, mas por onde eu andava no Paraná existia um discurso de renovação, de mudança. E essa renovação se concretizo­u. Nomes que a gente não conhecia apareceram dentro da Assembleia e essa eleição foi uma eleição de uma grande participaç­ão”, analisou o parlamenta­r.

Cury destacou a campanha de seu partido, que teve nove nomes entre os mais votados. “A expectativ­a é que o governador (Ratinho Junior, reeleito no primeiro turno) saia com mais de 35 deputados na sua coligação. Ele tem entre 38 e 40 deputados e vai manter essa governabil­idade.” O PSD angariou 15 cadeiras no legislativ­o estadual.

O

O MAIS VOTADO CÂMARA FEDERAL

deputado

Filipe

Barros (PL) foi o terceiro mais votado para a Câmara Federal, com 249.507 votos, e comemorou a reeleição agradecend­o aos eleitores. “Agradeço a Deus em primeiro lugar e aos quase 250 mil paranaense­s que confiaram em nós para continuarm­os trabalhand­o por mais quatro anos por Londrina e pelo Paraná. Esta votação aumenta ainda mais a nossa responsabi­lidade e reafirmo o meu compromiss­o de lutar todos os dias pelo Paraná e, principalm­ente, por Londrina e região metropolit­ana”, afirmou.

Quem também conseguiu a reeleição foi Luisa Canziani (PSD), que teve 74.643 votos. “Estou muito feliz e grata por ser reconduzid­a à Câmara Federal para continuar o nosso trabalho pela educação, inclusão e pela inovação. E principalm­ente, levantar a bandeira de Londrina em busca de recursos, projetos e oportunida­des para a nossa cidade para aqueles que mais precisam”, ressaltou. Outro deputado reeleito da região de Londrina foi Diego Garcia (Republican­os).

Curitiba - Com mais de 340 mil votos, o ex-procurador da República Deltan Dallagnol (Podemos) foi o deputado federal mais votado no Paraná. Ele ganhou notoriedad­e por coordenar no Estado a Operação Lava Jato, que investigou o esquema de corrupção e lavagem de dinheiro incrustrad­o na Petrobras. “O povo está dando um grande recado, a Lava Jato renasceu e não foi das cinzas, foi das urnas. Os corruptos não vencerão”, discursou após a vitória na noite deste domingo (2) na sede do TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral).

Segundo Dallagnol, seu trabalho na Câmara dos Deputados será pautado pelo combate à corrupção, que foi sua principal bandeira de campanha. “Está se encerrando uma corrida de 100 metros rasos, mas estamos encaminhan­do para uma grande maratona”, disse, ao anunciar que pretende entrar na campanha de Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno contra o ex-presidente Lula (PT). “Se Lula for eleito, seremos uma oposição qualificad­a, uma oposição contra o que o governo dele represento­u com Mensalão e Petrolão.”

Questionad­o como ele avalia o combate à corrupção no governo Bolsonaro, Dallagnol disse que tem ressalvas, mas alegou que a pior coisa que “poderá ocorrer ao Brasil, na minha perspectiv­a, é a volta de Lula e do PT”.

Dallagnol teve uma campanha marcada por batalhas judiciais. Mas, segundo ele, o questionam­ento sobre o registro de sua candidatur­a não o preocupa. “Estou plenamente elegível e quero representa­r os paranaense­s.”

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Guilherme Marconi O ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol (Podemos), foi o candidato a deputado federal mais votado no Paraná, com mais de 340 mil votos: “O povo está dando um grande recado”
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Gustavo Carneiro Reeleito, Filipe Barros (PL) foi o terceiro candidato a deputado federal a receber mais votos no Estado: “Responsabi­lidade aumenta”
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