Morre aos 86 anos Eder Jofre, maior nome do boxe brasileiro

O paulistano Eder Jofre, ex-campeão dos galos e penas, é reconhecido internacionalmente como um dos melhores boxeadores da história. Havia menos categorias de peso e cinturões, o que tornava ser campeão mundial uma tarefa mais difícil.

O astro morreu na madrugada deste domingo (2), aos 86 anos, em Embu das Artes (SP). Segundo a família, ele sofreu sepse e insuficiência renal aguda.

Quando se discute a categoria de peso na qual Eder conquistou seu primeiro cinturão mundial, a dos galos, cujo limite se estende até os 53,534 quilos, o brasileiro é considerado o melhor da história.

Eder, que era treinado pelo pai,

“Kid” Jofre, conquistou o título dos galos da Associação Mundial de Boxe (então Associação Nacional de Boxe) em 18 de novembro de 1960, ao nocautear o mexicano Eloy Sanchez, em Los Angeles. Em 1963, foi reconhecido pelo recém-formado Conselho Mundial de Boxe como seu campeão inaugural dos galos.

Eder perdeu o título em maio de 65, quando viajou ao Japão para enfrentar o ex-campeão mosca Mashiko “Fighting” Harada. Desidratado para se enquadrar nos galos, perdeu uma decisão polêmica por pontos em 15 assaltos. Um ano depois, retornou ao Japão, onde foi novamente derrotado por pontos por Harada.

Aos 30 anos, Eder pendurou as luvas, mas, após três anos, retomou os treinamentos e voltou* aos ringues em 1969. Desta vez como pena, categoria de peso cujo limite de peso é 57,153 quilos. Foi o início de uma sequência de 25 lutas, 25 vitórias, 13 delas por nocaute.

Em maio de 1973, Eder bateu o cubano naturalizado espanhol José Legra e conquistou o título do peso pena do Conselho Mundial de Boxe por pontos em 15 assaltos. Cinco meses depois, defendeu com sucesso o cinturão por nocaute em quatro assaltos sobre Vicente Saldivar.

Nos meses seguintes, Eder assistiu seu cinturão ser tomado no tapetão, quando seu empresário e o do desafiante Alfredo Marcano não chegaram a um acordo.

Permaneceu dois anos inativo, retornou em 1976, somou mais sete vitórias, mas pendurou as luvas em definitivo aos 40 anos.