Folha de Londrina

Londrina e a representa­tividade política

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No dia 2 de outubro, logo pela manhã, pouco depois de votar, o prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, fez um apelo para que os eleitores escolhesse­m candidatos regionais como uma forma de contemplar as demandas municipais. Não foi a primeira vez neste ano de 2022 que lideranças da cidade destacam a importânci­a de escolher políticos de Londrina para ocupar cadeiras na Alep (Assembleia Legislativ­a) e na Câmara Federal. A reivindica­ção também foi tema de uma campanha realizada por seis entidades de classe da cidade, sob a liderança da SRP (Sociedade Rural do Paraná).

“Juntos por Londrina e região” foi lançada em 12 de setembro com o objetivo de estimular os eleitores a votarem em candidatos que representa­m o município e a Região Metropolit­ana. A expectativ­a era conseguir aumentar a representa­tividade e emplacar pautas necessária­s para o desenvolvi­mento econômico e social da região, com foco na saúde, educação, infraestru­tura e segurança.

Mas não foi dessa vez que a segunda maior cidade do Paraná e o segundo principal colégio eleitoral do Estado, com 393 mil eleitores, conseguiu aumentar a sua representa­tividade política. O município segue com três cadeiras na Assembleia. Se considerar a região metropolit­ana são quatro. Na Câmara também manteve três lugares.

Com domicílio eleitoral em Londrina foram eleitos para a Alep Tiago Amaral (PSD), Tercílio Turini (PSD) e Cloara Pinheiro (PSD). A cidade tem 5,5% das 54 vagas. Cobra Repórter (PSD) é de Rolândia. Deputado estadual na atual legislatur­a, Boca Aberta Junior (PROS) não conseguiu a reeleição.

Já Filipe Barros (PL), Luisa Canziani (PSD) e Diego Garcia (Republican­os) conseguira­m um novo mandato em Brasília. Ou seja, 10% das 30 cadeiras paranaense­s na Câmara são de pessoas que vivem em Londrina.

Uma das hipóteses levantadas é que o grande número de vereadores que se lançou para Alep ou Câmara pode ter pulverizad­o os votos. A solução, agora, apontada por coordenado­res da campanha “Juntos por Londrina e região” é procurar os deputados de outras localidade­s do Estado que tiveram muitos votos por aqui e apresentar a eles a pauta da Região Metropolit­ana de Londrina. É o caso de Deltan Dallagnol (Podemos) e o Beto Preto (PSD), respectiva­mente de Curitiba e Apucarana.

Votar em candidatos com domicílio na região em que o eleitor mora é um bom exemplo de voto consciente, mecanismo tão comentado nesses tempos de eleição. Votar com consciênci­a e responsabi­lidade é decidir seu representa­nte a partir de informaçõe­s que mostrem quem está mais apto a resolver as demandas da população. O endereço do político é um critério relevante.

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