Bancada feminina dobra, mas segue ‘sub-representada’
Dos 54 deputados estaduais eleitos neste domingo (2), 30 já tinham cadeira na Assembleia Legislativa do Paraná. São 24 novos parlamentares na Casa, sendo 19 homens e cinco mulheres estreantes. A bancada feminina no Legislativo dobrou de 5 para 10 cadeiras, mas ainda representa 18,5% do total de 54 parlamentares no próximo ciclo. O número também é menor que a cota de gênero de 30% estipulada pela legislação eleitoral.
Entre elas está a ex-secretária de Saúde de Curitiba Marcia Huçulak (PSD), que foi a mais votada entre as mulheres, com 75.659 votos. A disputa política foi impulsionada pelo protagonismo que ganhou durante a pandemia, tendo sido a porta-voz na capital do Estado sobre as medidas de enfrentamento à Covid-19. “É um reconhecimento da população do Paraná da importância da boa representação. Somos 53% da população do Estado e precisamos ter mais representação feminina nas pautas que impactam na vida da sociedade”, avalia.
A ex-secretária diz que vai atuar para discutir medidas para fortalecer políticas públicas na área da saúde. “A gente viu nesses anos de pandemia a importância que um sistema de saúde organizado é fundamental para dar respostas que precisamos dar à sociedade com agilidade”, analisa a enfermeira e especializada em saúde pública, onde atuou nos últimos 35 anos em Curitiba. “A saúde perpassa governos, é uma política de Estado. São dois pilares: saúde e educação. Sem elas, a sociedade não consegue avançar e ser mais equilibrada e justa.”
Além de Huçulak, são deputadas eleitas Ana Júlia (PT), Marli Paulino (Solidariedade), Flávia Francischini (União) e Cloara Pinheiro (PSD), que se juntam às reeleitas Mabel Canto (PSDB), Maria Victória (PP), Luciana Rafagnin (PT), Cantora Mara Lima (Republicanos) e Cristina Silvestri (PSDB).