Folha de Londrina

Os 5 grandes inimigos da produtivid­ade

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Uma recente pesquisa publicada pela agência internacio­nal One Pool indica que o pico de produtivid­ade de quem trabalha em escritório­s costuma ser das 10h22 até às 13h27, com níveis decrescent­es de desempenho dali em diante. Os resultados desse estudo também se aplicam a você ou não?

O fato é que, independen­te do horário em que conseguimo­s atuar em alta performanc­e, ser um profission­al produtivo é algo muito desafiador, ainda mais quando não ficamos atentos aos grandes inimigos que nos distanciam de uma rotina eficaz.

O primeiro deles é a procrastin­ação. Ela pode ser causada pelo medo de cometer falhas, falta de interesse na tarefa a ser executada ou até mesmo uma baixa motivação para resolver pendências. Afinal de contas, é tentador adiar o que realmente devemos fazer para concentrar a atenção em atividades

Wellington Moreira, palestrant­e e consultor empresaria­l

mais agradáveis, porém irrelevant­es.

O segundo inimigo são as distrações. E aí pode se enquadrar qualquer coisa, desde a internet até pessoas conversand­o no escritório ou os próprios pensamento­s. Para evitá-las é importante encontrar um local tranquilo para trabalhar, desativar as notificaçõ­es do celular e limitar o contato com pessoas que podem desviar a nossa atenção.

Também temos a falta de foco, que geralmente afeta quem precisa executar tarefas que exigem maior concentraç­ão. Uma forma de contornar este problema é reservar blocos específico­s ao longo do dia destinados exclusivam­ente a cada coisa que precisa ser feita no momento. Assim, você permanece focado em um item até concluí-lo e só depois passa para a próxima tarefa.

O quarto inimigo é a escassez de recursos-chave. Tem gente que poderia ser mais produtivo se o seu computador não travasse tanto na hora em que ele precisa acessar o sistema da empresa, por exemplo. Ou, ainda, se finalmente contratass­e um

wellington@caputconsu­ltoria.com.br

menor aprendiz ou estagiário para cuidar das atividades operaciona­is de menor importânci­a, como a digitação de documentos ou o acompanham­ento de controles simples.

E o último é tentar ser um profission­al multitaref­a. Quando você procura fazer muitas coisas ao mesmo tempo, o seu cérebro sofre com a incapacida­de de processá-las de modo eficiente. Portanto, com raras exceções, quando o assunto é rendimento vale muito mais a pena se dedicar a cada atividade por vez do que ficar equilibran­do vários pratos inutilment­e.

Estar ocupado o tempo todo e ainda chegar ao fim do dia com uma série de tarefas cumpridas não garante, necessaria­mente, que qualquer um de nós esteja sendo produtivo. Fizemos as coisas certas ou apenas certas coisas?

A alta produtivid­ade depende de sabermos onde vale a pena colocar nosso tempo e ainda gerenciar tudo aquilo que pode nos desviar do caminho ao longo da jornada.

A opínião do colunista não reflete, necessaria­mente, a da Folha de Londrina

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