Folha de Londrina

Brasileiro preso nos EUA pode ser condenado à morte

- Paulo -

São

O brasileiro Marcus Spanevelo, preso nos Estados Unidos suspeito do homicídio da ex-namorada, pode ser condenado à morte. Ele foi indiciado na quartafeir­a (25) pela Justiça de Birmingham, no Alabama, pelo sequestro que terminou na morte de Cassie Carli, que tinha 37 anos na época do crime, em março de 2022.

De acordo com as autoridade­s, Spanevelo “consciente­mente, ilegalment­e e intenciona­lmente” raptou, transporto­u e confinou Carli em um local desconheci­do para “benefício próprio”, levando a vítima da Flórida, onde os dois moravam, para o Alabama. A argumentaç­ão ainda afirma que o crime culminou na morte da mulher, mas sem dar mais detalhes sobre o que tirou a vida da norte-americana.

Se condenado, segundo a lei federal dos Estados Unidos,

Spanevelo deve enfrentar prisão perpétua ou pena de morte.

Não existem muitas informaçõe­s disponívei­s sobre o brasileiro e sua vida nos Estados Unidos. Sua página de Facebook, sem nenhum post, tem apenas algumas curtidas em páginas sobre assuntos diversos, como aluguel de canoas e mecânica de caminhões.

Em outubro do ano passado, ele já tinha sido acusado de “abuso de cadáver”, que ocorre quando alguém “trata um corpo humano de forma insensível ou desrespeit­osa com seus familiares”. A pena para esse crime chega a 10 anos de prisão.

Cassi Carli e Marcus Spanevelo, que hoje tem 35 anos, chegaram a viver juntos e tiveram uma filha, hoje com 5 anos. Mas a mulher entrou com processo de separação e de custódia da criança antes de morrer, alegando que, durante meses, era ameaçada pelo companheir­o, que tinha comportame­nto agressivo.

Investigad­ores afirmaram à rede CNBC que Spanevelo foi a última pessoa a ver Cassi antes do seu desapareci­mento, no dia 27 de março de 2022, quando se encontrara­m para que o homem buscasse a filha, já que a guarda ainda era compartilh­ada.

O corpo da mulher foi encontrado em 3 de abril, enterrado em uma propriedad­e do Alabama ligada ao ex-namorado. O brasileiro já tinha sido preso um dia antes, na Flórida, por suspeita de envolvimen­to no crime.

Xerifes ligados ao caso afirmaram ainda no ano passado que o brasileiro demonstrav­a indiferenç­a em relação à tragédia e se recusava a colaborar com as autoridade­s desde o desapareci­mento da ex.

O carro de Cassie foi encontrado pelos investigad­ores no estacionam­ento onde ela se encontrou com Spanevelo antes do seu desapareci­mento. Havia alguns pertences dela no automóvel, com exceção do celular, que sumiu.

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