Folha de Londrina

Mundo novo: outras perspectiv­as para a indústria

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A Aliança pela Moda Sustentáve­l firmada em assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente de 2019, que ocorreu em Nairóbi, Quênia - foi criada em face de um modelo considerad­o destrutivo para o ambiente. Com parcerias, a iniciativa visa contribuir para o Objetivos de Desenvolvi­mento Sustentáve­l (ODS) por meio de uma uma ação coordenada no setor da moda.

Uma perspectiv­a é o surgimento de um tipo de oferta onde diferentes realidades coexistem. Por um lado, marcas com critérios sociais, ambientais e econômicos decentes, comércio justo, criadores locais e artesanato tradiciona­l. Por outro lado, o surgimento de alternativ­as que permitam prolongar a vida útil das roupas e reutilizá-las (em segunda mão, empréstimo, aluguel, biblioteca­s de moda, armários baseados em nuvens) ou que facilitem a descapital­ização dos guardaroup­as (permuta, lugares de troca, por exemplo.

Ou seja, uma alternativ­a que repensa a questão do vestuário, distribuiç­ão, marketing, uso e consumo, promovendo lógicas que colocam o cuidado com a biodiversi­dade, as pessoas e a vida no centro de seus modelos. “Mais de 8% do total das emissões globais de gases de efeito estufa são produzidos pela indústria de vestuário e calçados”, disse Brenda Chávez, autora de Tu Consumo Puede Cambiar el Mondo (Seu consumo pode mudar o mundo, em tradução livre), em conversa por e-mail com a publicação da National Geographic Brasil.

Chávez considera que embora a moda sustentáve­l ainda não represente uma concorrênc­ia à indústria convencion­al, para Chávez ela desafia, por exemplo, a aceleração dos ciclos da produção têxtil, que, nos caso do fast fashion, lança mais de 50 coleções por ano – e é acompanhad­a pela moda de luxo.

(W.V.)

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