Folha de Londrina

Um dia antes da eleição no Senado, Flávio Arns migra para PSB da base do PT

- Lucas Marcondes

Ex-membro do Partido dos Trabalhado­res, Flávio Arns agora faz parte de uma legenda da base de apoio ao PT. O senador do Paraná filiou-se ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), passando a ser correligio­nário do vice-presidente Geraldo Alckmin. A adesão oficial de Arns ao PSB ocorreu nesta terça-feira (31), um dia antes de o Senado eleger seu presidente para os próximos dois anos.

Os nomes que lideram a corrida para o comando a Casa são o atual mandatário, Rodrigo Pacheco (PSD), que tem o voto de senadores alinhados ao governo Lula, e Rogério Marinho (PL), cuja base está ancorada em parlamenta­res que apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Eduardo Girão (Podemos) corre por fora na disputa.

O parlamenta­r paranaense estava no Podemos desde agosto de 2020. Além dele, o senador Jorge Kajuru, de Goiás, também saiu da legenda de centro-direita para engrossar as fileiras dos socialista­s. Ainda nesta terça-feira, o PSB no Senado filiou Chico Rodrigues, que deixou o União Brasil.

“Esse é o grande objetivo: termos a oportunida­de, como uma pessoa eleita pelo povo do Paraná, de termos essa força para contribuir­mos com o bem comum do nosso país e do nosso estado”, comentou Flávio Arns sobre a troca partidária em uma declaração divulgada por sua assessoria de imprensa.

Arns já transitou em siglas distintas ao longo de sua trajetória política. Ele começou no PSDB, migrou para o PT, retornou aos tucanos e integrava a Rede antes de aderir ao Podemos.

“O mais interessan­te é termos voz como sociedade — não só como partido político, governo, Legislativ­o ou Judiciário —, mas falarmos e discutirmo­s com todas as forças sociais, produtivas e ambientais do nosso estado e do nosso país”, disse o senador.

A saída de Arns diminui a força do Podemos não só no Senado como um todo, mas também reduz a um senador — no caso, Oriovisto Guimarães — a representa­tividade da legenda na bancada do Paraná. Durante os últimos anos, Alvaro Dias também fazia parte da sigla no parlamento, mas acabou derrotado por seu ex-aliado Sergio Moro (União Brasil) nas eleições de 2022.

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