De menino prodígio a uma grande carreira musical
O londrinense Roney Marczak é um dos prodígios da música: o começo foi aos 6 anos no violino; aos 11 tinha carteira assinada como musicista; e aos 14 já tinha feito mais de 350 viagens de ônibus para estudar em Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro. O primeiro prêmio internacional também veio aos 14, que possibilitou a ele uma viagem de 90 dias na Europa e um contrato para 15 concertos nas principais cidades do continente.
Ele conta que o suporte dos pais foi essencial para que ele seguisse na carreira. “Os pais não só devem dar oportunidade, mas também acompanhar, porque é isso que faz a diferença”, destaca. Marczak também ajudou a fundar a Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina, a Osuel.
Aos 17 anos, ganhou uma bolsa do governo alemão para cursar música na Escola Superior de Freiburg. Ele concorreu com 900 candidatos para uma das três vagas. Com passagens por diversas instituições e países, ficou 20 anos na Europa. “Eu diria que só não fui para o continente africano e para a Austrália”, relembra.
Roney Marczak voltou para Londrina em 2003 para abrir a Escola de Música Sol Maior e o Projeto Sol Maior, que ofertam aulas de 25 instrumentos. “A cada três alunos pagantes nós damos uma bolsa de estudos”, explica. Hoje, já são 108 bolsistas. “Com a pandemia, alguns alunos saíram, então hoje o número de pagantes não comporta o tanto de bolsistas que nós temos”, ressalta.
Ganhador de 11 prêmios nacionais e internacionais, conta que já encontrou muitas personalidades famosas, mas, para ele, o mais memorável foram os encontros com o Papa João Paulo II. “No último, foram seis horas juntos, que aproveitamos para falar sobre projetos sociais”, conta.