‘Velozes e Furiosos’ sechoca com o Maio Amarelo
ação do filme, onde parte da equipe secreta comandada por Torreto/ Diesel deve realizar, nas ruas de Roma, uma missão secreta que nada mais é do que uma armadilha. A coisa termina com uma enorme bomba rolando pelas ruas e praças próximas ao Vaticano, e Toretto da o tom usando seu carro (carro !?) como se fosse versão real do videogame Rocket League. Se nos primeiros episódios o líquido dos carburadores se impunha na tela como combustível analógico, a superabundância digital volta à ordem do dia, tal como nos últimos cinco ou seis episódios.
É que a saga também se apossou da índole do cinema super-heróico, da arrogância dos efeitos CGI, do ritmo delirante da história, da lógica do multiverso que impulsiona o aparecimento fugaz de personagens de outros filmes VF. Claro, paradoxalmente tudo parece mais grosseiro (pela brutalidade) do que sofisticado.
Duas vezes durante o filme, gigantescos e pesados objetos ricocheteiam pelas ruas lotadas da cidade, causando estragos absolutos em seu rastro. Eles são metáforas visuais perfeitas para os próprios filmes VF, tão cheios de caos exagerado e agressividade machista movida a testosterona que se tornaram totalmente ridículos. O que poderia salvar (?) “Fast and Furious X” é que o filme está tão ciente de seu próprio absurdo que se torna até uma anedótica paródia de si mesmo. Por que algum outro motivo um dos personagens em certo momento do filme diria: “A verdadeira questão é: como deixamos isso durar tanto tempo?” Parece uma aposta segura, que as receitas desta primeira semana de estreia mundial fornecerão uma explicação suficiente.