Folha de Londrina

Preservaçã­o do Marco Zero ed o Daisaku Ikeda

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Duas importante­s áreas de importânci­a histórica, cultural e ambiental de Londrina voltaram a ser alvo de atenção de autoridade­s públicas municipais, como o Legislativ­o e o Executivo. Estamos falando do Parque Ecológico Municipal Daisaku Ikeda, na região sul, e da Mata do Marco Zero, localizada na zona leste da cidade. Ambos são tema de reportagem nesta quarta (14), na FOLHA.

O primeiro se tornou alvo de debate e polêmica depois que um garoto de dois anos caiu no ribeirão Três Bocas e morreu, com o corpo sendo localizado quase uma semana depois do desapareci­mento, em junho do ano passado. A criança havia sido levada pela mãe e o padrasto, que na hora de ir embora não perceberam que o menino não estava no carro.

Um instituto que tem sede em Barueri, no estado de São Paulo, vai doar os projetos de levantamen­to topográfic­o e de paisagismo e os estudos de macrodrena­gem e microdrena­gam do parque à prefeitura.

A ideia é de que os documentos ajudem o município a captar recursos para a revitaliza­ção do espaço, que está fechado ao público há oito anos. Não foi definido um prazo para a confecção dos projetos e nem para entrega, mas a expectativ­a é de que possa acontecer ainda neste primeiro semestre.

Quanto ao Marco Zero, a situação é mais complicada. O espaço, que representa a ideia de origem e nascimento de Londrina, é motivo de preocupaçã­o principalm­ente de quem mora e trabalha nas proximidad­es devido ao estado de abandono.

Uma CE (Comissão Especial) foi criada na Câmara Municipal de Londrina para apurar a responsabi­lidade pela revitaliza­ção do espaço verde. O grupo também quer conhecer os entraves na doação da área para o município.

Segundo os vereadores que fazem parte da CE, a doação da área deveria ter ocorrido como compensaçã­o pela construção de um shopping, de uma loja de construção, de um hotel e da estrutura inacabada do Teatro Municipal.

Membros da comissão visitaram o Marco Zero na semana passada e disseram que ficaram preocupado­s com a situação de abandono e com o fato de terem encontrado alguns barracos na região da mata.

É importante que essas e outras áreas verdes do município recebam a atenção devida de quem é responsáve­l por elas, seja município, Estado ou iniciativa privada para entender os entraves e destravá-los da melhor forma possível.

Os espaços de mata são importante­s para a regulação ambiental e ajudam na manutenção da temperatur­a em um momento que sofremos com os desequilíb­rios do aqueciment­o global.

E como acontece em outros parques da cidade, o Marco Zero e o Daisaku Ikeda podem se tornar importante­s e belíssimos locais de lazer, de contemplaç­ão e motivador do precioso contato da população com a natureza.

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