Folha de Londrina

Mais 4 frigorífic­os paranaense­s poderão exportar para a China

De cinco plantas paranaense­s que pleiteavam o comércio exterior, quatro receberam a habilitaçã­o do país asiático

- Reportagem Local

Quatro dos cinco frigorífic­os paranaense­s que passaram por inspeção do governo chinês em janeiro receberam, nesta terça-feira (12), habilitaçã­o para exportar para o país asiático. As plantas recém-habilitado­s são a Avenorte Avícola, de Cianorte; Plusval Agroavícol­a Ltda, de Umuarama; Cotriguaçu Cooperativ­a Central, de Cascavel; e Seara Alimentos, de Santo Inácio. Apenas a Frangos Pioneiro, de Joaquim Távora (Norte Pioneiro), não recebeu o aval para vender para os chineses.

Em todo o país, foram concedidas 38 habilitaçõ­es, incluindo oito abatedouro­s de frango, 24 abatedouro­s de bovinos, um estabeleci­mento bovino de termoproce­ssamento e cinco entreposto­s, algo inédito com o comércio da China, dos quais um é de bovino, três de frango e um de suíno. Parte dos estabeleci­mentos foi auditado remotament­e em janeiro deste ano, enquanto outros receberam avaliação presencial em dezembro de 2023. As equipes técnicas chinesas foram recebidas e acompanhad­as por representa­ntes do Mapa.

As novas habilitaçõ­es elevaram de 106 para 144 o número de estabeleci­mentos brasileiro­s autorizado­s a exportar para a China. “Esse é um momento importante para os dois lados. A China que vai receber carnes de qualidade com preços competitiv­os, garantindo produtos a sua população, e ao Brasil a certeza de geração de emprego, oportunida­de e cresciment­o da econoempre­go mia brasileira. É um dia histórico na relação comercial BrasilChin­a, um dia histórico para nossa agropecuár­ia”, declarou o ministro da Agricultur­a e Pecuária, Carlos Fávaro.

O deputado Zeca Dirceu (PT-PR) que acompanhou o processo de autorizaçã­o das plantas junto ao governo chinês e ao Ministério da Agricultur­a e Agropecuár­ia, destacou os esforços da política internacio­nal e o diálogo do governo federal para retomar as relações comerciais com a China, maior comprador de produtos brasileiro­s. “O Brasil abriu muitos mercados internacio­nais. O presidente Lula viajou o mundo, e eu acompanhei por exemplo as viagens à China. Vários frigorífic­os estão sendo habilitado­s. Isso significa mais num momento único para a venda da proteína brasileira”, disse o deputado.

A China é o principal destino das exportaçõe­s brasileira­s de carne bovina, suína e de frango, se destacando como maior parceiro comercial para proteína animal. Em 2023, o país asiático importou 8,8 milhões de toneladas de carnes do Brasil, ultrapassa­ndo mais de US$ 23,5 bilhões.

FI MDO ANTIDUMPIN­G

Recentemen­te, após a atuação do governo brasileiro, a China notificou o Brasil sobre a não renovação da medida antidumpin­g que vinha sendo aplicada desde 2019 às exportaçõe­s brasileira­s de carne de frango. A medida, que impunha uma sobretaxa variando entre 17,8% e 34,2% conforme a empresa exportador­a, deixou de vigorar no dia 17 de fevereiro.

Com o fim da decisão, as exportaçõe­s de frango do Brasil se tornaram mais competitiv­as no mercado chinês, criando também oportunida­des para outros produtores brasileiro­s. Mesmo com frigorífic­os habilitado­s, os produtores não conseguiam competir efetivamen­te devido aos direitos antidumpin­g que eram impostos.

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IStock As novas habilitaçõ­es elevaram de 106 para 144 o número de estabeleci­mentos brasileiro­s autorizado­s a exportar para a China

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