‘Dia histórico par aa democracia brasileira’
SÃO PAULO, SP - A família de Marielle Franco disse, após a prisão dos três suspeitos de assassinar a vereadora, que “hoje é um dia histórico para a democracia brasileira e um passo importante para a justiça”.
“Neste domingo de Ramos (24), dia de celebrar nossa fé, a luta por justiça, e na liturgia o domingo que antecede a Páscoa sobre recomeços e ressurreição, acordamos com a notícia da operação conjunta da Procuradoria Geral da República, Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Federal”, diz a nota assinada pela mãe Marinete da Silva, o pai Antônio Francisco da Silva Neto, a irmã Anielle Franco e a filha Luyara Santos.
Os três presos são o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), o conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Rio Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil no Rio.
Os nomes envolvidos são suspeitos de serem os autores intelectuais dos crimes de homicídio, de acordo com a investigação. Também são apurados os crimes de organização criminosa e obstrução de justiça.
A família lembrou que aguarda há mais de seis por uma resposta sobre quem mandou matar Marielle e o por quê. Mas também destacou que ainda ninguém foi efetivamente responsabilizado pelo crime.
“É importante não perdermos de vista que até o momento ninguém foi efetivamente responsabilizado por esse crime, entre os apontados como executores e mandantes. Todas as prisões são preventivas e ainda há muita coisa a ser investigada e elucidada, principalmente sobre o esclarecimento das motivações de um crime tão cruel como esse. Mas, os esforços coordenados das autoridades são uma centelha de esperança para nós familiares”, diz a nota.
A ministra Anielle Franco (Igualdade Racial) comemorou as prisões. “Só Deus sabe o quanto sonhamos com esse dia! Hoje é mais um grande passo para conseguirmos as respostas que tanto nos perguntamos nos últimos anos: quem mandou matar a Mari e por quê?”, disse em suas redes sociais. Ela agradeceu à Polícia Federal, ao governo federal e ao Ministério Público, além do ministro Alexandre de Moraes, que deu as ordens de prisão.