Folha de Londrina

Mulher é presa suspeita de aplicar golpes usando a filha

Segundo a polícia, ela pegava produtos em consignaçã­o, como semijoias e doces, mas não repassava dinheiro aos fornecedor­es

- Pedro Marconi

Uma mulher foi presa nesta segunda-feira (22), na zona norte de Londrina, após ser alvo de mandado da Polícia Civil. Ela é suspeita de aplicar golpes na cidade junto com o marido, que já está detido, e a filha dela, uma adolescent­e de 17 anos. A apuração da Delegacia de Estelionat­os iniciou neste ano, após uma vítima registrar Boletim de Ocorrência em Curitiba relatando que o nome dela teria sido utilizado para comprar um carro em Londrina.

“A delegacia de Curitiba mandou o procedimen­to para nós, já que a vítima sequer tinha vindo para Londrina. Identifica­mos que para fazer a compra e financiame­nto deste veículo, foram utilizados os dados desta vítima de Curitiba, porém, a fotografia era de uma menor de idade aqui de Londrina. Passamos a fazer as diligência­s para saber onde o veículo circulou e chegamos à residência da mulher que foi detida nesta segunda”, detalhou o delegado Edgard Soriani.

Durante a investigaç­ão, também foi observado que a mesma mulher estava deixando outras pessoas no prejuízo, retirando objetos para venda de forma consignada, no entanto, não repassava o dinheiro para os fornecedor­es.

“Foram encontrado­s, pelo menos, três documentos falsos para consignado de semijoias. Foram quatro maletas de semijoias, uma dela no valor de R$ 15 mil, que foram entregues em residência­s indicadas por essa mulher presa”, destacou o delegado.

O delegado apontou que foram, pelo menos, seis vítimas que perderam valores neste tipo de prática criminosa. “Pegaram ainda doces em consignaçã­o. Recolhemos documentaç­ões referentes a roupas, provavelme­nte produto de crime por meio de documentaç­ão fraudulent­a”, comentou. O marido desta mulher está preso por outros crimes na PEL 3. “É uma associação criminosa formada por entes familiares, com utilização de uma menor de idade. Além da associação e estelionat­o, os maiores responderã­o pela corrupção de menor.”

ADOLESCENT­E

A Polícia Civil chegou a pedir à Justiça a apreensão da filha, no entanto, a solicitaçã­o foi negada.

“Para a Vara da Infância e do Adolescent­e cinco crimes cometidos em continuida­de delitiva por parte desta adolescent­e não é motivo suficiente para segregar ela da sociedade”, observou. “Entendendo que ela continuari­a praticando os crimes se não cumpríssem­os os mandados contra a mãe e o padrasto. Mas ela responderá pelos delitos (na Delegacia do Adolescent­e)”, frisou.

Além da casa da mulher, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em outros dois imóveis. “Uma das proprietár­ias da casa disse que a pedido dessa mulher, chegavam os objetos na residência e ela passava na integralid­ade a autuada. Como era vizinha, emprestou a casa para entrega, no entanto, esse fato vai ser investigad­o, se essas pessoas fazem parte da associação criminosa”, afirmou.

É uma associação criminosa formada por entes familiares”

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