ÍNDIO QUER VOTO
Os 85 candidatos das eleições deste ano que se declararam indígenas são na maioria homens, da região Norte e ligados à esquerda, mostra levantamento da UnB ( Universidade de Brasília). O PT é o partido com mais representantes ( 16), seguido por PSOL ( 12) e PC do B ( 11). “Mulheres são cerca de 30%. É uma taxa razoável, já que em geral os porta- vozes são homens”, diz o antropólogo Ricardo Verdum, que fez a pesquisa.
ÍNDIO 2
De postulantes a cargos no Executivo, só há o candidato a vice- governador Ronaldo Santos ( PSOL- BA). Os outros tentam ser deputados estaduais, federais ou senadores. Verdum alerta que o número pode ser maior: nem todos declararam a condição à Justiça Eleitoral.
FÉRIAS COLETIVAS
Executivos de grandes empresas citados no inquérito da Operação Lava Jato, que investiga irregularidades na Petrobras, chegaram a deixar suas casas ontem, com medo de serem presos. Depois que o ex- diretor de refino e abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa fez acordo para delação premiada, uma onda de boatos espalhou o pânico entre SP, Rio de Janeiro e Brasília.
CONVEXO
Um advogado criminalista que acompanha o caso e umdirigente partidário ouvidos pela coluna afirmam que também parlamentares decidiram tomar chá de sumiço.
NO CALCANHAR
Pesquisas internas do PT e também de analistas que trabalham para empresas mostram que a acusação de que Marina Silva é “contra” o pré- sal tem sido uma das mais eficientes para “contaminar” a candidata. No Rio, o efeito seria maior. O bombardeio deve continuar.
DOBRADINHA
E o PT festejou o início de ataques do presidenciável tucano Aécio Neves a Marina na TV. Em especial quando ele diz que ela é uma “metamorfose ambulante”. A campanha de Dilma também tentará criar dúvida nos eleitores sobre “qual Marina vai governar”, “com qual das várias caras”, explorando recuos dela em temas como o casamento gay.
MORDAÇA
Marina tem pouca condição de reagir na TV. Juntos, Aécio e Dilma têm um tempo sete vezes maior que o dela na propaganda eleitoral.
BOLETO
A Associação Procure Saber, liderada por Paula Lavigne, está cobrando anuidade mínima de R$ 1.000 “por pessoa”. “Todos os que contribuírem ficarão registrados em nossos anais como patronos da associação”, diz o convite do “1 º Grande Encontro do Procure Saber”, na segunda, no Rio. Entre as causas já defendidas pela associação está a proibição de biografias não autorizadas.